Muitas crianças sonham e imploram para ganhar um cão ou um gato de presente.

O Natal é uma oportunidade para elas realizarem este sonho.

Mas os animais não são objetos, não podem ser trocados, descartados ou doados se não se adaptarem bem ao novo ambiente.

Ter um animal de estimação é uma experiência riquíssima e só mesmo vivendo e experimentando, para conhecer o amor que nasce nesta relação.

O convívio de crianças com animais é muito enriquecedor (saiba mais clicando aqui), elas aprendem a serem responsáveis e a respeitar o limite do outro entre outras experiências riquíssimas.

O problema surge quando a família não está decidida e preparada a conviver com um animal de estimação.

Ter um cão ou gato requer dedicação, tempo, planejamento e investimento financeiro.

Mesmo que a criança se comprometa a ajudar, realizando tarefas simples (como trocar a água ou escovar os pelos), a responsabilidade é dos adultos.

Os gatos exigem menos dedicação, não precisam passear, são menos dependentes e mais silenciosos. Mas também precisam de cuidados e atenção.

Os cães precisam de MUITA atenção, adestramento básico, passeios, atividades físicas e mentais além de muito carinho.

A expectativa de vida dos cães e gatos gira em torno de 12 anos (podendo chegar a 20!) e muitas pessoas não podem se comprometer por este longo período.

Se alguém na família for alérgico, vale a pena escolher bem o tipo de pelagem (saiba mais clicando aqui).

Não se esqueça de checar se no local onde a pessoa mora, é permitido ter animais.

Outra consideração importante é em relação às viagens. É preciso planejamento para não ser pego de surpresa na hora de arrumar as malas e programar a hospedagem do animal ou combinar com alguém para cuidar dele (saiba mais clicando aqui).

A decisão de ter um animal de estimação deve ser muito bem planejada. Por isso eu acho perigoso dar animais de presente.

Se após muita reflexão a decisão for por adquirir um animal, considere adotar ao invés de comprar. Existem muitas instituições com animais a disposição para adoção.

Se a ideia for adquirir um animal de raça, estude bem as características das raças e a qualidade das criações.

Conheça os locais que os animais são criados e tire todas as suas dúvidas.

Sejam felizes e Feliz Natal!

 

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Viajar é muito bom, mas para quem tem animais de estimação é importante se planejar com antecedência!

Seu animal viaja com você,  fica em casa ou em alguma hospedagem?

Se decidir por levá-lo com você (opção mais divertida), certifique-se de alguns itens antes de partir:

  • seu animal está saudável? Na dúvida, leve-o ao veterinário antes
  • vacinação em dia – leve a carteira para comprovar em caso de acidente (seu animal pode se envolver em alguma briga ou até mesmo arranhar ou morder alguém)
  • use uma coleira com placa de  identificação (nome, telefone)
  • leve ração, em quantidade suficiente
  • leve os pote de água e comida
  • brinquedos, cama e tapete sanitário (se ele estiver acostumado) ou caixa sanitária + areia (gatos)
  • preventivo de pulgas, carrapatos e filariose em dia (saiba mais, clicando aqui)
  • se ele toma algum medicamento, leve em quantidade suficiente
  • se a viagem for de carro, evite alimentar seu animal antes, eles enjoam com muita frequência. Saiba mais sobre cinetose (enjoo de movimento) clicando aqui
  • se você já sabe que ele vomita, converse com o/a veterinário dele sobre alguma medicação preventiva
  • caixa de transporte ou cinto de segurança para transportá-lo de forma segura (saiba mais sobre caixa de transporte, clicando aqui)
  • se a viagem for interestadual ou para fora do país, cheque os documentos necessários (atestado de saúde emitido pelo veterinário, chip, exames de sangue)
  • algumas companhias aéreas permitem que o animal de porte pequeno viaje na cabine
  • sedação – para saber mais, clique aqui
  • tome cuidado com os gatos- se não estiverem muito acostumados ao novo ambiente podem se esconder, fugir e acabar se acidentando
  • se a família for ficar hospedada em um hotel, cheque se aceitam animais e se o terreno é todo cercado. Se for para casa de amigos, cheque se tem outros animais, se o espaço é fechado e  se existem plantas tóxicas e/ou produtos no jardim

Se optar por deixar seu animal:

  • visite e escolha em qual hospedagem seu animal vai ficar
  • reserve com antecedência
  • vacinação e preventivo de parasitos em dia
  • combine qual será a alimentação durante a estadia
  • deixe o telefone do seu veterinário e de algum responsável em caso de necessidade
  • não esqueça de levar os “pertences”-cama, potes, brinquedos para seu animal se sentir mais confortável
  • leve os medicamentos necessários
  • se for uma fêmea no cio, avise ao responsável da hospedagem
  • as vezes é possível deixar o animal em casa com algum amigo ou parente que concorde em se hospedar na sua casa e cuidar de seu animal. No caso dos gatos, acho a melhor opção (também existe o serviço de “cat sitter”)
  • atualmente, existem aplicativos (como o Dog hero) para encontrar famílias que desejam hospedar um animal em casa! Vale experimentar!

Boas férias! Divirtam-se!

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Você acaba de chegar em casa, com o mais novo integrante da família, mas como lidar?

Ele vai chorar?

Melhor deixar ele sozinho ou grudado comigo?

Aonde posicionar o “banheiro” dele? E a alimentação?

São muitas dúvidas.

Se o gato ou cachorro adquirido for um filhote, leia as recomendações do texto “Orientação Pediátrica”, clicando aqui.

Se o animal já for adulto, siga estas recomendações:

  • Leve-o para atendimento veterinário! Tire todas suas duvidas e peça orientação a respeito de vacinação (saiba mais clicando aqui), vermifugação e controle de pulgas e carrapatos (saiba mais aqui).
  • Alimentação: siga a mesma dieta que ele comia anteriormente. Se quiser trocar, faça de forma gradativa. Misture a alimentação antiga à nova aos poucos. Este processo deve durar aproximadamente uma semana. Não deixe alimento disponível para os cães. Adultos comem 2 vezes ao dia, de preferência na mesma hora. Se ele não comer na hora que você oferecer, guarde e ofereça novamente na refeição seguinte. Os gatos precisam de várias refeições ao dia. Se for necessário deixar disponível, quantidade precisa ser controlada. Para savebr mais, clique aqui.
  • Se ele tiver um brinquedo ou “paninho” da casa anterior, deixe-o ficar junto com este objeto. Pode ajudar muito na adaptação.
  • Cães – escolha um local para “banheiro” e clique aqui para saber mais.
  • Gatos- a caixa sanitária não deve ficar em locais de difícil acesso, próximos a maquinas barulhentas, nem do comedouro e bebedouro. Para saber mais sobre “banheiro de gato”, clique aqui.
  • Se seu animal estiver muito tímido ou medroso, não force-o a conhecer muitas pessoas nem a ficar no ambiente mais movimentado da casa. Conquiste-o aos poucos! Chame-o para brincar, ofereça petiscos interessantes e assim ele vai se aproximar de maneira voluntária. Não force a barra!
  • Prepare sua casa! Retire tapetes e objetos preciosos. Até ele aprender o que pode ou não fazer é mais seguro e evita aborrecimentos. Se necessário, deixe-o separado de algum cômodo “proibido”. Gatos são curiosos e sofrem acidentes com frequência. Mantenha as janelas protegidas com telas ou grades.
  • Ofereça “ambientes verticais” para os gatos: prateleiras, espaço em cima do armário, passagens entre cômodos etc (Saiba mais aqui).
  • Evite ficar grudado no seu animal. Pode ser irresistível, mas a tendência é ele ficar muito dependente e só se sentir seguro na sua presença. Force momentos de separação, deixando-o fora do mesmo cômodo que você está, nem que seja por 5 minutos. Aos poucos vá aumentando este tempo. Evite deixar ele entrar no banheiro com você, por exemplo.
  • Evite se despedir e cumprimentá-lo de maneira muito efusiva. O animal pode acabar associando as saídas e chegadas como os melhores momentos do dia.
  • Ofereça um “porto seguro”: pode ser uma caixa de transporte, um cantinho, uma poltrona, uma caminha, um espaço embaixo de um armário – eles tendem a se sentir seguros e acolhidos em espaços pequenos.
  • Brinque muito com seu novo amigo! Existem muitos brinquedos disponíveis.
  • Socialize-o! Apresente o novo membro da família para seus amigos, parentes e visitantes. Peça para as pessoas oferecerem petiscos, brincarem e se relacionarem de forma carinhosa com seu animal.
  • Acostume-o a ser manipulado. Se o animal permitir, mexa nas orelhas, dentes, barriga etc. Sempre de maneira sutil e carinhosa. Nunca ultrapasse o limite dele! Pode até ser perigoso! Mas aos poucos, vá conquistando sua confiança e preparando-o para ser examinado sem estresse.
  • Se o animal demonstrar medo de barulhos como fogos, trovões etc, evite consolá-lo. Você pode deixá-lo próximo a você, mas sem fazer carinho nem conversar. Saiba mais, clicando aqui.

Aqui no Bicho Saudável, você encontra  muitos textos orientando a ser relacionar de forma harmônica com seu cão ou gato.

Algumas sugestões:

http://www.bichosaudavel.com/dicas-para-bom-comportamento/

http://www.bichosaudavel.com/brincar-de-morder/

http://www.bichosaudavel.com/caixa-de-transporte/

http://www.bichosaudavel.com/passeios-com-caes/

 

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É muito comum ouvirmos as pessoas falarem com um tom triste que seus animais de estimação nunca “casaram” ou namoraram.

Principalmente a família do cão ou gato macho……

É muito importante esclarecer que na natureza dos cães e gatos, não há relações amorosas estáveis. Eles podem ser muito amigos e parceiros, mas na hora de reproduzir, a fêmea no cio é a unica que aceita o macho e este em geral,  é o mais competente para acasalar do grupo.

Para eles, não existe o ideal romantico de constituir familia ou de se completar com a maternidade.

Eles não precisam se reproduzir para serem felizes. Na natureza, eles só “cruzam” para procriar.

O ato sexual não acalma nem melhora o comportamento dos cães ou gatos.

Se optar por reproduzir sua fêmea, fique atento. Nem sempre tudo ocorre como planejado…pode haver complicações…a mãe pode precisar de cesareana, por exemplo.

Ela pode ter alguma dificuldade para amamentar e precisamos dar mamadeira para os filhotes de 3 em 3 horas!

Quem tem tempo para toda esta dedicação?

A responsabilidade pelos filhotes é da família da fêmea.

É possível fazer um acordo com o dono do macho e dividir a ninhada. Mas isto geralmente acontece quando se trata de animais com alto valor de venda.

Pode parecer que vender animais é um bom negócio, mas posso garantir que este é um mercado muito difícil.

Só os criadores MUITO BONS conseguem vender bem e por valores altos.

Se a fêmea tem 8 filhotes, por exemplo, é preciso conseguir 8 donos dedicados, responsáveis e interessados. Os amigos podem até demonstrar interesse, mas na hora de buscar o filhote…nem sempre aparecem.

É uma delícia acompanhar os filhotes crescendo, mas chega um momento em que eles estão grandes, bagunceiros e a mãe já não dá conta de todos – a nossa casa mais parece um canil.

Este é um momento perigoso! Dependendo do nível de estresse e necessidade de doar os filhotes, muitas vezes eles são doados para “qualquer” pessoa que queira.

Esta pessoa pode não ter tempo, vontade ou até mesmo condições financeiras de ter um animal de estimação.

Eu não recomendo que se reproduza cães e gatos de forma amadora – CRIAÇÃO É PARA CRIADORES!

 

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Alguns animais têm muito medo de barulhos altos como fogos, trovão e já publiquei aqui um texto sobre esta questão (para saber mais, clique aqui).

Mas, e quando o cachorro tem medo de outras situações como passear na rua ou andar de carro, por exemplo?

Como fazer?

O cão pode expressar o medo de diferentes maneiras: tentativas de fuga, sinais corporais e faciais, respostas fisiológicas como aumento das frequências cardíaca e respiratória, tremores musculares, urinar, defecar e esvaziar o saco anal (eles liberam uma secreção fétida oriunda da glândula ao lado do ânus). Alguns animais podem até “virar estátua – congelar” de tanto medo.

Sempre procuramos entender o motivo, a origem do medo. Mas nem sempre conseguimos descobrir…

Os filhotes precisam ser socializados e expostos a diferentes estímulos (barulhos, pessoas, animais) nas primeiras semanas de vida (3 semanas até os 4 meses, aproximadamente) para não demonstrarem medos exagerados mais tarde.

A restrição aos passeios, (antes de completar o esquema de vacinação aproximadamente aos 4 meses – saiba mais, clicando aqui), atrapalha bastante a socialização.  Por este motivo eu recomendo que os filhotes  recebam muitas visitas, de cães saudáveis, homens, mulheres, crianças e outros animais, e se possível até passearem na rua, mas sempre tomando cuidado para o animal não pisar no chão (leve-o no colo, carrinho etc.).

Os animais que experimentaram alguma situação desagradável também podem fazer uma associação e ficar medrosos, como um trauma.

Exemplo: na primeira viagem de carro o cachorro fica enjoado e associa esta sensação desagradável ao carro.

Outro exemplo: ficar sozinho em casa durante uma tempestade.

Se o seu cachorro é medroso, devemos ajudá-lo.

Não ajuda em nada, rotular este animal como bobo, estúpido ou  fraco.

O medo tem tratamento e este animal precisa da nossa ajuda.

Alguns casos podem precisar de medicação, mas a grande maioria  pode ser resolvido com a dessensibilização.

A dessensibilização é a técnica de expor o animal aquilo que ele tem medo, de maneira gradual.

Se o animal tem medo de andar de carro, devemos acostumá-lo a entrar no carro parado e brincar e/ou alimentá-lo lá dentro. Enquanto ele estiver relaxado, elogie bastante.

Se ele tensionar, ignore-o. Aumente o desafio aos poucos. Se ele estiver bem dentro do carro parado, ligue o motor. Em seguida ande pequenos trechos.

Se o cachorro só anda de carro para ir a programas que ele não gosta, como ir ao veterinário tomar vacinas, por exemplo, experimente levá-lo para um parque!

O maior agravante do medo dos cães é a maneira que nós humanos lidamos com esta situação.

Para nós, é importante confortar e acalmar uma pessoa com medo.

Mas os cães entendem esta nossa reação como um reforço, é como se estivéssemos dizendo: Muito bem! Assim que eu gosto! Sinta bastante medo!

Pode parecer cruel, mas devemos ignorá-los quando sentem medo.

Se ele precisar se esconder atrás de você ou de um móvel ou se quiser acessar um cantinho escondido da casa, podemos e devemos ajudá-lo. Oferecer um ambiente seguro e tranquilo é diferente de fazer carinho e pegar no colo.

Também é importante demonstrar segurança. Comporte-se de maneira confiante: uma pessoa com medo pode levar o animal a sentir medo também!

Se o seu cão tem medo de passear na rua, ofereça alguma sensação prazerosa (os petiscos costumam funcionar bem) ao colocar a coleira e continue oferecendo a cada “2 passos” do seu cão em direção à rua.

Elogie-o bastante e ignore os sinais de medo. Se ele recuar, volte um pouco e comece novamente.

Se depois de tentar estas técnicas, o seu cão ainda sentir muito medo, procure ajuda veterinária.

Alguns animais podem precisar de ajuda medicamentosa, mas nunca use nenhum remédio sem orientação profissional.

Os calmantes podem causar efeito reverso (excitação) em alguns animais e produzir efeitos colaterais graves.

Algumas terapias podem demorar para causar o efeito desejado e o tratamento precisa ser iniciado com meses de antecedência.

É fundamental fazer exames para avaliar a saúde do animal antes de usar medicações.

 

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Pretende reproduzir seu animal?

Tem certeza? Será que existe uma parceira disponível?

Vivenciar a gestação e o nascimento dos filhotes pode ser uma experiência incrível, mas a fêmea precisa de cuidados antes de acasalar, durante e depois da gestação.

Geralmente a gestante faz todo trabalho de parto sozinha, nem precisa de ajuda. Mas nem sempre tudo ocorre como planejado.

Pode ser necessário fazer uma cesariana de emergência ou estar presente na hora do parto para ajudar a cortar os cordões umbilicais, limpar os filhotes e “encaixá-los” nas mamas.

Se ocorrer algum problema na amamentação, como uma mastite por exemplo, precisamos alimentar os filhotes, com mamadeira de 3 em 3 horas.

Para saber mais sobre mastite, clique aqui.

Este é o principal motivo para as famílias das fêmeas não aceitarem os milhares de convites para acasalamento que recebem. A maior responsabilidade é delas.

E os filhotes, quando chegarem na idade do desmame (aproximadamente 2 meses)?

Vai vender todos? Dar? Pra quem? Será que existe um número suficiente de candidatos legais, responsáveis?

Os cães e gatos não idealizam um romance, com namoro, noivado e casamento, como nós.

A reprodução é destinada somente à perpetuação da espécie. Eles podem ter amigos, parceiros de vida e de brincadeiras na praça, mas não tem a necessidade do acasalamento.

Eles não precisam ser pais ou mães para se “realizarem”.

A esterilização cirúrgica é a melhor forma de evitar a reprodução e abandonos futuros.

Quando a cirurgia é realizada precocemente, previne problemas na próstata, tumores de mama, infecções uterinas (piometra – para saber mais, clique aqui) e ainda pode ajudar a controlar alguns comportamentos indesejáveis, como a marcação urinária e a monta (para saber mais, clique aqui).

Mas não espere que a esterilização, tanto do macho quanto da fêmea, seja uma solução ou tratamento para problemas comportamentais.

Não ocorre uma modificação comportamental, os animais não se transformam e nem sempre a cirurgia é indicada.

OS MACHOS NÃO FICAM BOBOS, NEM MUDAM DE PERSONALIDADE!!!

Alguns animais podem ganhar peso após a castração.

Mas como somos nós que alimentamos nossos animais, basta controlar a quantidade e qualidade do alimento e manter uma rotina de exercícios.

A comunidade científica ainda não sabe exatamente porque 50% dos animais tendem a engordar e outros 50% não.

A cirurgia de castração oferece riscos, como toda cirurgia/anestesia.

Mas normalmente ela é realizada com muita frequência e segurança.

Os cuidados pós-operatórios são comuns a quase toda cirurgia:

  • repouso para preservar a sutura (evitar que “os pontos abram”) até a retirada dos pontos (aproximadamente 10 dias)
  • acompanhar se a cicatriz está seca e limpa
  • não permitir que o animal morda, coce ou lamba a cicatriz. Se precisar, use roupa cirúrgica (saiba mais clicando aqui) ou colar “Elizabetano” (aquele parecido com um abajur, saiba mais clicando aqui)
  • siga as recomendações do(a) veterinário(a) e dê as medicações prescritas

Se o seu animal já está idoso, pode ser necessário realizar a cirurgia para tratar problemas de saúde (próstata, testículos, ovários, útero). Para saber mais sobre idosos, clique aqui.

NUNCA utilize drogas injetáveis para interromper ou evitar cios e gestações. O risco de efeitos colaterais graves é enorme.

Converse com seu veterinário.

Algumas Universidades, instituições e prefeituras oferecem o serviço de castração a preços populares e/ou gratuitamente.

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Quase toda criança gosta de bicho e elas são as primeiras a insistirem a ter um animal em casa.

As promessas são muitas, mas será que elas vão realmente ajudar a cuidar, é possível contar com elas?

As crianças podem ajudar muito no dia dia dos animais de estimação, mas os adultos precisam saber que a responsabilidade é deles.

Na hora de levar ao veterinário, pagar as despesas, tomar uma decisão difícil e planejar o que fazer na hora de uma viagem, são os adultos que se responsabilizam.

Os animais não são descartáveis! Uma vez na nossa família, a responsabilidade é nossa.

Vale pensar, refletir e negociar bastante.

Se a decisão está tomada e hora de planejar:

se a paixão da família são os cães, que raça escolher? Vocês adoram cachorros, mas ninguém tem tempo para nada, será que não é melhor ter um gato?

Existem raças mais calmas (golden retriever, west highland white terrier, setter, labrador, poodle, bichon frisé, airedale, shih tzu, boxer, collie, pug, spitz alemão, whipet), mas não temos nenhuma garantia que animal escolhido será tolerante.

Precisamos ensinar as crianças que os animais não são brinquedos e não estão a disposição delas o tempo todo.

É fundamental respeitar os limites dos animais e deixá-los dormir, descansar e evitar que sejam puxados e apertados o tempo todo.

Existem indivíduos de diferentes temperamentos, independente da raça. É possível ensinar ao animal a ser mais paciente e associar a presença da criança a sensações prazerosas. Quanto mais cedo ele tiver contato com crianças, melhor! Pergunte a pessoa que vai te doar ou vender o animal se ele esta habituado ao contato com diferentes pessoas, barulhos e situações.

Os filhotes devem ser sociabilizados a partir de 3 semanas de vida! Faz toda diferença na forma com que eles vão lidar com os desafios da vida.

Eu sou fã dos vira-latas (tanto cães como gatos) e acredito que a escolha do filhote é até mais importante que a raça. Observe a ninhada e prefira o animal mais calmo e tranquilo,  não  muito agitado, mas que esteja saudável, claro.

A convivência com os animais de estimação é muito benéfica para as crianças. Elas aprendem muito a respeito da vida e do outro:

  • Responsabilidade – dentro das possibilidades de cada criança e da idade, ela podem ser responsáveis por alimentar o animal, escovar os pelos, lembrar de dar o remédio, entre outras atividades. Assim elas aprendem a cuidar da saúde de outro ser e de si próprios
  • Comunicação – como os animais se comunicam através de sinais corporais, elas aprendem a perceber se o cão ou o gato está triste, feliz, animado, agressivo e também entendem que os animais são capazes de identificar o humor delas, de longe. Não precisa nem conversar
  • Empatia – se não houver respeito entre o animal e a criança, a relação não se desenvolve bem. Se a criança quiser brincar e o animal não quiser, ela terá que lidar com esta frustração
  • Confiança – os animais não julgam nossas atitudes, nem a nossa aparência, o seu animal gosta de você do jeito que você é! Nada melhor para fortalecer a autoestima
  • Ciclo da vida – como a expectativa de vida deles é bem menor que a nossa (cerca de 13 anos), acompanhamos a infância, a vida adulta e a velhice dos nossos animais. A dor da perda é enorme, mas ajuda a compreender que a vida é finita.

Para a relação com o animal ser tranquila e positiva, é fundamental estabelecermos regras e a família toda precisa cumprí-las.

Um exemplo: se a regra da casa é que o animal não pode subir na cama, ninguém pode deixar! É comum o filhote fofo e cheiroso poder TUDO, mas assim que cresce e vai passear na rua, não deixam mais nada. Assim ele fica confuso!! O animal não tem como entender porque um dia ele pode e outro não…

Precisamos ser consistentes e firmes, assim como a mãe gata ou cadela corrige seus filhotes. Nada de muita falação e gritos, assim, eles não entendem nada.

A relação de crianças com animais é linda e riquíssima, mas a responsabilidade também é enorme!

Pense com carinho.

 

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Mês passado tive a fantástica oportunidade de fazer um estágio no IRSEA, no sul da França.

Este Instituto privado se dedica ao estudo do comportamento dos animais e do ser humano e suas interações, especialmente no que diz respeito à comunicação química.

O principal objetivo é estudar e compreender os mecanismos responsáveis pela comunicação, mas também desenvolver métodos que permitam uma melhora no bem estar dos animais.

Semioquímica é o estudo da comunicação química, o modo de transmissão de informações mais antigo e mais amplamente difundido entre os seres vivos.

Etologia é o estudo do comportamento natural dos animais e a etologia aplicada é o tratamento comportamental, o atendimento e suas recomendações para solucionar os problemas.

O IRSEA foi criado a partir de uma ideia: interagir com o mundo dos seres vivos utilizando seus códigos, em vez de tentar usá-los para satisfazer as exigências humanas.

Esta ideia nasceu do desafio que a clínica veterinária comportamental experimenta todos os dias, em todo os lugares do mundo: melhorar e solucionar dificuldade das famílias com animais de estimação.

Durante muito tempo, o homem respondeu a essas situações conflitantes buscando forçar o animal a modificar seu comportamento, por meio de cirurgias, drogas psicotrópicas e métodos de treinamento coercitivos, que muitas vezes não resolviam o problema e levavam ao abandono ou à eutanásia dos cães e gatos.

A etotologia e a semioquímica surigiram como opções promissoras na compreensão dos animais e de possíveis meios para tratá-los.

Compreender o processo adaptativo que leva o animal a se comportar de uma maneira eficaz para lidar com o ambiente que o homem lhe oferece (nossas casas, nossa rotina) é uma estratégia possível e muito interessante.

 A partir daí, a perspectiva mudou, o animal que se comporta mal não está agindo contra o desejo do homem, mas respondendo a um dado contexto com as estratégias que sua espécie permite e de acordo com suas possibilidades individuais.

Complicado?
Eu exemplifico:
Um cachorro que está roendo os móveis de uma casa, não está querendo chatear ou se vingar de sua família humana que o deixou sozinho. Ele encontrou uma maneira de lidar com o tédio e a solidão através de um comportamento natural (e necessário) dos cães: roer!
Como ele não tinha (ou não se interessava) um brinquedo ou um osso disponível, encontrou a quina do móvel como alternativa.
A possibilidade individual se aplica quando pensamos nas experiências que aquele animal viveu. Por exemplo, se ele tem muito medo de barulhos estranhos (provavelmente porque não foi apresentado a eles quando filhotinho) e do lado de fora desta casa está acontecendo uma obra muito barulhenta, ele pode sentir muito medo e apresentar sintomas de pânico, como evacuar, babar, tremer e até tentar fugir raspando a porta de casa.
No IRSEA, existem diversos departamentos de pesquisa com engenheiros, químicos, biólogos, estatísticos e veterinários.
As pesquisas diretamente envolvidas com cães e gatos (cavalos, porcos, coelhos, e bovinos também) trabalham na identificação dos sinais químicos emitidos naturalmente pelos animais e na concepção de seus análogos, isto é, criar compostos químicos capazes de reproduzir os efeitos naturais.
Estes análogos se transformam em produtos industrializados e disponíveis no mercado para serem utilizados como novas formas de se comunicar com outras espécies. Já temos alguns destes produtos disponíveis no Brasil. Além dos estudos semioquímicos, também são realizadas pesquisas no campo celular, com o objetivo de conhecer melhor e tratar diversas patologias do trato olfativo, osteoarticulares, referentes ao envelhecimento cerebral e também no controle de parasitos.

Vocês sabiam que o peixe salmão pode ter uma espécie de piolho?

Que as aves podem ter sarna? Estes estudos visam encontrar alternativas de tratamento mais eficazes e seguras.

O Instituto também trabalha com espécies selvagens em vias de extinção, para melhorar suas condições de vida em zoológicos introduzindo enriquecimentos sensoriais (odores e sons) e estímulos mentais.

Eles também oferecem cursos, estágios e muitos dos seus pesquisadores estão fazendo mestrado e doutorado por lá.

A clínica de atendimento comportamental possui uma estrutura preparada para tratar de cães, gatos, animais silvetsres e cavalos em ambientes separados e além de realizar consultas, oferece programas de prevenção e educação de filhotes.

Foi uma experiência incrível! Muito aprendizado e contato com pessoas muito generosas e dispostas a ajudar os animais a serem mais felizes!

eu no irsea

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Conversamos sobre adoção de animais com necessidades especiais

Clique e Assista aqui

Minhas particpações estão nos blocos:

Bloco 6 – como os animais lidam com as necessidades especiais

Bloco 7 – perfil de familias adotantes, a dor da perda de um animal querido

Bloco 8 – Livros “Latido de Sabedoria” e “Miados de Sabedoria”, a venda nas lojas Imaginarium, em todo Brasil e online (clique aqui)

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Na minha rotina clínica de comportamento de cães e gatos, atendo muitas famílias com queixas que na verdade não são realmente problemas comportamentais.

É fundamental conhecer o comportamento natural das espécies e atender suas necessidades básicas.

Um cão que rói tudo, na verdade está exibindo um comportamento natural da espécie canina – cães precisam roer!

Mas para ele não roer todos os móveis da casa, precisamos oferecer brinquedos adequados e que ele goste…os animais também têm preferências, assim como nós!

Nem sempre o brinquedo da moda é aquele que a criança mais gosta, não é verdade?!

Outra queixa comum é a arranhadura, uma necessidade natural e básica dos gatos.

Os gatos arranham para deixar marcas olfativas e visuais para eles mesmos e para outros gatos. Eles depositam feromônios (substâncias químicas que promovem reações específicas em indivíduos da mesma espécie) através da arranhadura (existem glândulas na região das patinhas, bochechas e lateral do corpo) e também se esfregando em pessoas e objetos.

Alguns feromônios significam medo, segurança, tranquilidade.

As arranhaduras nos sofás não são somente uma forma de “tratar das unhas”, são marcação de território! É como se eles deixasse bilhetinhos com informações importantes espalhadas pela casa.

Precisamos oferecer arranhadores adequados (nem sempre é aquele que compramos!) e posicioná-los em locais estratégicos da casa. Não adianta colocar o arranhador na area de serviço, por exemplo…eles devem ficar próximos a entrada da casa, ao local de alimentação, nas passagens (corredor, por exemplo) e ao local de descanso favorito do gato.

Quando conseguimos suprir as necessidades básicas dos nossos animais de estimação, eles tendem a ser mais felizes e a convivência conosco também é muito mais harmônica!

Cães:

. Brincar

. Roer

. Passear (cães são animais sociais, eles precisam interagir com outros cães, mesmo se vivem num ambiente espaçoso)

. Água fresca à disposição

. Pelo menos duas refeições por dia – de preferência de forma ativa, como oferecer brinquedos recheados com alimento, procurar alimento pela casa, dar aos pouquinhos enquanto exercita e desafia seu cão a conseguir executar tarefas e/ou dificuldades

. Regras claras! Pode ou não pode subir no sofá?

. Cuidados veterinários

. Muito amor e carinho! Esta é a parte mais facil!

Gatos:

. Acesso garantido e um banheiro (bandeja sanitária) sempre limpo

. Várias pequenas refeições por dia

. Local de descanso sossegado

. Água muito limpa e fresca à disposição

. Locais altos para garantir um posto de observação inacessível

. Brincadeiras, de preferência as que imitam a caça

. Escovação frequente – para ajudar a limpar a pelagem

. Cuidados veterinários

. Muito amor e carinho…

Antes de interpretar alguns comportamentos inadequados do(s) seu(s) animal(is), pense bem se ele está com a qualidade de vida satisfatória, recebendo tudo que precisa.

Se você ainda não tem um animal de estimação, pense e reflita antes de decidir ter…você é capaz de oferecer estes itens básicos para seu futuro amor peludo?

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