As intoxicações são muito comuns na rotina das clínicas veterinárias.

A causa mais frequente é a administração de medicamentos humanos para cães e gatos. Muitas vezes, na melhor das intenções, o responsável pelo animal causa uma grave intoxicação ao medicá-lo com “um simples remédio para dor”.

Além de produtos extremamente tóxicos, existem várias substâncias potencialmente perigosas para os cães e gatos, dentro das nossas casas. Tudo depende da quantidade ingerida (ou aplicada no animal) em relação ao peso do cachorro ou gato.

Você sabia que um pedaço de chocolate amargo pode até matar um cão de pequeno porte?

Segue uma lista dos tóxicos mais frequentes:

  • anti-inflamatórios não esteroides- diclofenaco, ibuprofeno, aspirina, paracetamol (Tylenol) entre outros.

Os animais podem apresentar alterações digestivas (vômitos e diarreia), hepáticas e renais. O quadro pode ser muito grave, levando ao óbito.

  • inseticidas- para controle de pulgas, carrapatos, ratos, baratas e cupins.

Existem muitas drogas seguras no mercado, mas preste atenção ao modo correto de utilizar.

Os produtos a base de piretrina e permetrina- geralmente de uso tópico (talcos, shampoos, sabonetes e coleiras) são seguros se corretamente utilizados, mas não devem ser utilizados concomitantemente na hora do banho, no corpo do animal e na casa por aumentar muito o risco de intoxicação.

Os produtos para tratar sarna (amitraz, por exemplo) devem ser diluídos corretamente e utilizados somente em cães. Se no rótulo ou bula do produto não for especificado o uso em gatos, NÃO utilize.

Existem também pesticidas a base de organofosforados e carbamatos que são extremamente tóxicos para humanos e animais domésticos. Cuidado com os inseticidas para insetos! O spray se deposita no chão e seu animal pode pisar e/ou lamber o produto.

  • alimentos- sabemos que os animais devem receber uma dieta adequada e balanceada. Alguns proprietários oferecem comida ao invés de ração industrializada. Isto é possível, mas é fundamental formular esta dieta com um nutricionista veterinário. As necessidades nutricionais são diferentes entre as espécies. Para saber mais sobre dieta caseira, clique aqui.

Alguns alimentos humanos são potencialmente tóxicos como:

  1. chocolate: além de ser rico em gordura, contém cafeína e teobromina que são estimulantes do sistema nervoso central. Os diferentes tipos de chocolate contém diferentes níveis destas substâncias. O animal pode apresentar vômito, diarreia e até convulsão em casos graves. Quanto mais amargo e escuro o chocolate, maior a concentração de cafeína e teobromina. Para um cão se intoxicar comendo chocolate branco, ele precisaria comer 2 Kg de chocolate para cada 1 Kg de peso dele! Mas bastam 10 g de chocolate amargo por cada Kg de peso para causar uma intoxicação.
  2. uva/passas- poucos sabem, mas as uvas podem intoxicar os cães (não há registros de casos em gatos). A ingestão de 10 a 12 uvas para um cão de 10 Kg pode levar a insuficiência renal. As passas são aproximadamente 5 vezes mais concentradas que as uvas frescas, logo devem ser evitadas.
  3. cebola- pode causar hemólise (destruição de hemácias) em gatos. Evite oferecer alimentos que contenham cebola na fórmula (sopinha para neném, por ex.)
  • drogas ilícitas (maconha, cocaína) e álcool – intoxicam os seres humanos e podem levar a quadros graves nos animais. NUNCA ofereça bebidas alcoólicas para seu animal de estimação, ele pode apresentar alterações hepáticas graves.
  • cigarro- alguns cães destroem pacotes de cigarro, chicletes de nicotina ou até mesmo comem “guimbas” do chão. A nicotina pode causar sintomas neurológicos (tremores, ataxia) em animais, dependendo da dose. Em cães, 10 mg de nicotina por Kg de peso podem até matar. Um cigarro contém de 15 a 25 mg de nicotina, logo bastam poucos cigarros para fazer mal a um cão de pequeno porte.
  • produtos de limpeza- evite usar e não enxaguar. Os produtos que são muito perfumados atrapalham o olfato, independente de causar intoxicação nos animais. Lembre-se que seu animal vive pertinho do chão, não usa sapatos e se lambe constantemente! A creolina é usada na limpeza de ambientes, mas pode ser extremamente tóxica e causar irritação e queimaduras na pele, olhos, boca e garganta; vômitos e dores abdominais; danos ao coração, figado e rins; anemia; paralisia facial, coma e até levar a morte.
  • adubos – dependendo da composição pode ser extremamente tóxico. A ingestão da torta de mamona pode  causar vômitos, cólicas abdominais severas, diarreia sanguinolenta, choque, coma e óbito na maioria dos casos, dependendo da quantidade ingerida.
  • produtos químicos- tinta, resinas, colas, solventes etc. Evite deixar seu animal em casa, se estiver em obras.
  • cloro- evite que seu animal de estimação beba água da piscina. Dependendo da concentração, pode causar vômitos e irritação gástrica.

O tratamento das intoxicações deve ser sempre realizado por um médico veterinário e não é recomendado o uso de “receitas caseiras” como administrar leite, clara de ovo, fazer lavagem gástrica etc.

Lembre-se que quanto antes o animal for atendido, melhor o prognóstico.

Dependendo do tipo de substância, a administração de alimentos gordurosos pode até aumentar a absorção do tóxico.

O veterinário avaliará a necessidade de internação para tratamento de suporte (hidratação, controle de vômitos, sedação) e se possível, a utilização de antídotos e/ou medicação para diminuir a absorção da substância tóxica.

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Quem tem cão e gato em casa sabe que de vez em quando eles adoram comer uma folhinha, uma flor ou um brotinho.

Mas existem plantas que costumamos ter nas nossas casas que são tóxicas para cães e gatos.

A maioria das intoxicações por plantas causa alterações gastrointestinais (vomitos, diarreia), neurológicas e/ou cardiovasculares.

As plantas tóxicas mais comuns são conhecidas como: ciclame, hera, lírio da paz, jiboia-prateada e cheflera,  sagu-de-jardim, mamona, amarílis, espirradeira, folha-de-veludo, tulipas, azaleia, e teixo.

A ingestão do lírio, aquela flor tão linda e cheirosa, pode resultar em doença renal grave em gatos.

Para os gatos que adoram comer plantas (saiba mais clicando aqui) podemos oferecer um vaso com plantinhas cultivadas em casa.

Muitos cães também adoram “pastar”, basta passear num gramado…para saber mais, clique aqui.

Evite riscos de intoxicação por plantas, dentro de casa!

Se informe antes de escolher as plantas que vão enfeitar sua casa e considere posicioná-las em locais que os animais não acessam.

 

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Nem sempre é viável oferecer a um cachorro a quantidade de exercício que ele precisa.

Passear é muito importante para o cão socializar, cheirar, enfim, interagir com o mundo fora de casa. Mas às vezes o tempo disponível para levar o cão à rua é curto.

E se o seu cão está acima do peso?

Como fazer para exercitá-lo?

Ensine-o a correr na esteira!

É possível!

Comece bem devagar, fique a frente dele,  se necessário com um “atrativo” na mão. Pode ser 1 brinquedo, um petisco ou você chamando por ele.

Quando ele estiver andando bem, aumente a velocidade, gradativamente.

É claro que o animal precisa ser saudável, não sofrer de nenhum tipo de dificuldade respiratória ou problema cardíaco.

Se ele tiver mais de 7 anos, faça um check up cardíaco antes de iniciar qualquer tipo de programa de exercícios.

Saúde!

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Escute aqui a minha participação no Programa Hora do Blush, da Isabella Saes no dia 06 de julho de 2011.

O assunto foi  “Mitos sobre Cães e Gatos – parte II”.

Clique no Play de cada bloco para ouvir o programa na íntegra.

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Muitas lendas correm por aí sobre a saúde. Tanto dos humanos, quanto dos animais.

Alguns mitos devem ser esquecidos e devidamente esclarecidos:

1- Meu animal não está com dor porque não está chorando nem gemendo (miando ou uivando). Raramente os animais demonstram dor. Este é um mecanismo de sobrevivência – na vida selvagem, quem demonstrar que está machucado é uma presa mais fácil. Em geral, os animais ficam mais quietos, evitando gastar energia e se movimentar.

2- Vira-latas são mais saudáveis que animais de raça. Não é verdade. Tanto um quanto outro podem ser saudáveis ou não. Mas em geral, os vira-latas (sem raça definida) não apresentam muitas das doenças genéticas comuns em animais de raça pura.

3- Adestrar um cão é maldade, transforma-os em robôs. De maneira alguma. O cão educado respeita seu dono, não pula nas pessoas nem late indevidamente. Para ser um bom companheiro e poder passear, viajar e visitar amigos junto com a família, o cão deve ser treinado.

4- Filhotes não podem tomar banho. Podem sim, mas com cuidados. Eles não se adaptam às mudanças de temperatura, não devendo ser expostos ao frio nem ao calor excessivo antes dos 40/60 dias de vida. Se o filhote estiver muito sujo ou com alguma dermatite, podemos dar um banho rápido com (mais…)

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Conheço muitos animais que “sorriem”.

Mas será que este sorriso é como o nosso? Demonstra alegria, satisfação ou representa outras emoções?

Alguns cães submissos retraem os cantinhos da boca para demonstrar subordinação e não ameaçar a posição de liderança do outro (este outro pode ser um cão ou uma pessoa).

É muito difícil diferenciar se a posição labial do cão é realmente um sorriso ou não. Mas os donos destes animais sabem que em situações alegres e felizes o animal “sorri”. Mas será que este momento não é uma demonstração de submissão para seu dono?

Veja no vídeo como a postura corporal (orelhas, olhos) demonstra submissão:

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Os cães são ótimos observadores e craques em “ler” uma postura corporal (inclusive a nossa). E eles percebem que (mais…)

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O espirro reverso é um fenômeno comum em cães.

No espirro normal, o ar é empurrado para fora do nariz, no reverso, o ar é puxado para dentro do nariz rapidamente produzindo um som de esforço respiratório.

Durante o espirro reverso, o cão faz várias inspirações rápidas, fica em pé com os braços abertos e com a cabeça estendida.

A sensação que os proprietários do animal  têm é que ele está com algo preso na garganta ou até mesmo sufocando. Este episódio costuma durar entre 1 e 2 minutos.

Não sabemos exatamente a causa do espirro reverso, mas pode estar relacionado com alergias, substâncias irritantes para o sistema respiratório ou inflamações no nariz.

Qualquer cão, de qualquer raça, idade ou sexo pode apresentar episódios de espirro reverso.

Não se apavore! Não há risco de sufocamento nem risco de (mais…)

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Escute aqui a minha participação no Programa Hora do Blush, com Isabella Saes no dia 08 de junho de 2011.

O assunto foi  “Mitos sobre Cães e Gatos – parte I”.

Clique no Play de cada bloco para ouvir o programa na íntegra.

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Inicialmente, temos que pensar se a vontade de ter um animal é unânime na família, se temos tempo, dinheiro e disposição para adquirir um animal.

Se a decisão estiver tomada, escolha o animal adequado para sua família – cão, gato, de raça, vira-lata, grande, pequeno, peludo ou não.

Cheque com seu condomínio se há restrições. A princípio, não se pode proibir a presença de animais, mas se há uma convenção no prédio, devemos respeitá-la ou…contestá-la, mas faça isso antes de adquirir o animal.

A convivência com animais traz muitos benefícios, mas temos que oferecer-lhes condições saudáveis e continuar vivendo em harmonia com a família.

Eles precisam de espaço, exercícios, estímulos mentais, boa alimentação e cuidados veterinários.

No caso dos cães, o fato do apartamento ser pequeno e não dispor de uma área aberta não é impeditivo. Mas é necessário levar o animal para (mais…)

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Em primeiro lugar, certifique-se com seu médico alergista quais os alérgenos que te causam sintomas (espirros, nariz escorrendo, olhos coçando).

Muitas vezes acreditamos que a causa da alergia é uma, mas quando realizamos exames nos surpreendemos – a realidade é completamente diferente. Os principais causadores de alergia não são os pelos, e sim a descamação da pele e a saliva dos animais.

Existe muito preconceito e implicância, principalmente em relação aos gatos, mas nem sempre a alergia se relaciona com os animais de estimação.

Se você ou alguém da sua família for comprovadamente alérgico a cães e/ou gatos, não se desespere. É possível conviver bem com eles, fazendo tratamento com antialérgicos ou com imunoterapia e seguindo algumas dicas: (mais…)

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