Se o seu gato pudesse te dizer como seria sua rotina perfeita, como você acha que seria?

Gatos gostam e precisam de muito mais do que só comer e dormir!

Mas dormir é um assunto sério!

SONO

Eles dormem muito mais que nós (aproximadamente 16 horas por dia!), mas é um sono interrompido, eles acordam várias vezes. Saiba mais sobre sono, aqui.

Se o ambiente estiver muito calmo, sem estímulos, a tendência é dormir mais ainda, os gatos podem dormir mais porque estão entediados.

Gatos costumam adorar almofadas, camas, cobertores e superfícies quentinhas.

BRINCAR

Outro assunto que deve ser levado a sério é a brincadeira.

Gatos amam brincar!

Mas eles precisam de estímulos.

Na natureza, tudo que é pequeno e se mexe, chama a atenção de um gato. Nas nossas casas, há pouco movimento. Por isso devemos usar brinquedos simples, como uma varinha com um barbante e penas na ponta ou até mesmo com o apontador de laser – dá para descansar no sofá e brincar com seu gato ao mesmo tempo! Para saber mais sobre brinquedos, clique aqui.

Sabemos que os gatos de vida livre correm muitos riscos e têm uma expectativa de vida muito curta. Mas a vida é mais estimulante.

Dentro de casa, eles vivem com mais segurança, saúde e longevidade, mas pode ser muuuuuito chato. (Saiba mais sobre a diferença entre vida livre X confinada, clicando aqui)

Para evitar este tédio, devemos oferecer um ambiente rico em estímulos.

É fácil instalar prateleiras para o gato subir, locais próximos as janelas (teladas!) para que eles possam ver e ouvir os pássaros lá fora e arranhadores longos e bem posicionados para eles se alongarem e marcarem com suas unhas. Existem até DVDs com imagens e sons para enriquecer a rotina deles!

Existem muitas ideias para promover um enriquecimento ambiental para os gatos, nas nossas casas (saiba mais, aqui).

ALIMENTAÇÃO

Comer! Este tópico é muito importante!

Gatos precisam comer pouco, várias vezes ao dia. É como se eles “beliscassem” ao invés de fazer grandes refeições como nós, ou como os cães.

Se o gato está dentro do peso ideal, a maneira mais fácil é deixar ração seca disponível e oferecer ração úmida uma ou duas vezes ao dia. Se seu gato estiver acima do peso, é importante estabelecer outra rotina e oferecer um alimento com pouca caloria e muita fibra (existem rações específicas para emagrecer nas petshops).

Gatos são exigentes para beber água. Ela precisa estar fresca e limpa. Por isto eles gostam tanto de água corrente, mas não dá para deixar a torneira aberta…

O ideal é oferecer uma fonte (há várias ideias de como fazer em casa, na internet) ou pelo menos garantir que a água do pote está sempre limpa e fresca. É importante que o pote seja largo e de preferência, transparente, eles gostam de ver a água limpa.

BANHEIRO

Para o gato se sentir confortável, sua caixa sanitária precisa estar sempre limpa e num local tranquilo.

O número básico é pelo menos uma caixa por gato, mais um (isto é, se você tem 2 gatos, deve ter 3 caixas sanitárias em casa).

A escolha da areia também é importante, alguns gatos tem preferências por diferentes texturas. Evite as perfumadas.

Nunca posicione a caixa num local de difícil acesso ou que o gato precise passar por alguém (humano ou animal) que ele tenha medo.

CARINHO

A maioria dos gatos ama carinho!

Alguns gatos não ficam confortáveis com muitos abraços e agarrões e devemos respeitar.

Basta sentar no sofá e fazer um cafuné, escovar com uma escova macia, massagear as costas…seu gato vai ficar feliz!

GATOS NÃO GOSTAM DE…

É claro que os gatos são diferentes, nem todos gostam e desgostam das mesmas coisas, mas a grande maioria prefere não receber carinho na barriga, ser agarrado no colo, apertado e contido, não precisam tomar banho nunca (saiba mais aqui), sair de casa para ir ao veterinário, receber muitas visitas, obras em casa ou qualquer grande modificação na rotina da casa.

 

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O objetivo da série “BICHOS!” é informar, discutir e educar as pessoas que convivem com animais para melhorar a relação homem-animal, tornando-a mais rica e proveitosa para ambos os lados.

Em 19 episódios, visitamos famílias e conversamos sobre planejamento e cuidados diversos com seus cães e gatos.

Para assitir o quarto episódio, sobre “Alimentação”, clique aqui.

 

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As primeira decisões a serem  tomadas são:

  • qual alimento usar
  • o quanto oferecer
  • como oferecer
  • em qual frequência

Para ajudar a escolher a ração seca, clique aqui.

Em relação ao tipo da ração, no caso dos gatos, precisamos considerar as rações úmidas.

A principal diferença é que as rações úmidas contém mais água.

Os gatos têm sua origem no deserto e por este motivo não desenvolveram o hábito de beber muita água. Muitas vezes, a quantidade de líquido presente na presa caçada (um ratinho!) era satisfatória para manter um gato hidratado.

Nas doenças urinárias, sempre recomendamos que o animal aumente a ingestão de líquidos e a ração úmida contém bastante água, ajudando a enfrentar o problema.

Para saber mais sobre como estimular um gato a beber água, clique aqui.

Quando o gato apresenta alguma dificuldade em mastigar (problemas dentários ou bucais) ou outra doença que exija uma dieta especial, as rações úmidas podem ser uma boa opção.

A maioria dos gatos adora as rações úmidas, mas é importante que ele conheça a textura e o sabor desde filhote.

A frequência da alimentação dos gatos deve ser maior que a dos cães, porque na natureza, eles caçam aproximadamente 8-10 pequenas presas por dia.

Os gatos gostam de “beliscar” o dia todo, mas quando temos um animal com tendência a obesidade, pode ser perigoso deixar o alimento disponível o dia todo.

Os filhotes até 6 meses de idade precisam ter alimento disponível (específico para filhotes) durante todo dia.

A maioria das pessoas mantém este esquema para os gatos adultos também.

Além do risco da obesidade, este método não é eficaz quando temos mais de um gato em casa e precisamos controlar quem está comendo e o quanto está comendo.

Quando a opção é deixar a ração seca no comedouro, é fundamental controlar a quantidade.

Podemos dividir em várias pequenas porções e vamos preenchendo aos poucos, conforme o gato come. Assim a ração fica sempre fresquinha.

Mas o meu método favorito de alimentação é aquele que o gato precisa “caçar” para comer”!

Como não temos como oferecer uma alimentação à base de caça, usamos a criatividade…podemos rechear brinquedos, “miolos” de papel higiênico, potinhos de iogurte entre outras ideias, como esconder pela casa, colocar no alto da prateleira embaixo de uma caixa…

Além de estimular o animal fisica e mentalmente, mantemos os animais envolvidos em uma tarefa desafiadora e eles ficam muito satisfeitos em conseguir cumprí-la!

O ideal é que o gato esteja acostumado a este esquema desde filhotes. Se não, é importante fazer uma mudança gradual, sempre acompanhando se ele está realmente interessado e se alimentando de forma adequada.

no bowl feeding alimentacao ativa

Existem vários tipos de brinquedos para estimular uma aimentação mais ativa para os gatos, estes são alguns exemplos. kong-cat-wobbler

 

 

 

 

 

Quando a família fica muitas horas fora, é possível oferecer uma quantidade maior, mas corremos o risco do gato comer tudo de uma vez só e continuar pedindo…miando, geralmente.

Se o seu gato mia muito, clique aqui.

Nas casas com muitos gatos, especialmente se eles têm necessidades nutricionais diferentes (um é filhote, o outro está acima do peso, outro tem insuficiência renal etc), o ideal é alimentar os gatos em cômodos diferentes.

Deixá-los separados, por aproximadamente 20 minutos, costuma ser o suficiente. Neste caso podemos dividir a quantidade total em algumas refeições, nunca menos que duas.

Os gatos se sentem inseguros e ameaçados se forem obrigados a comer próximo de outro(s) gato(s).

Na natureza ele caçam e comem sozinhos!

Os gatos são muito rotineiros, isto é, quando instituímos um esquema alimentar precisamos mantê-lo praticamente por toda a vida deles!

É claro que é possível mudar, mas nem sempre é simples…

Todos os pacotes de ração trazem impresso uma tabela com as quantidades ideais de acordo com a idade e o peso do gato.

Estas recomendações devem ser respeitadas.

Um dos principais sinais de que um gato está doente é a inapetência (parar de comer), logo é fundamental controlar o apetite do seu gato para mantê-lo saudável!

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Texto de Paloma Dalloz (nutricionista veterinária)

Eventualmente ouvimos alguém dizer: “Na minha época não havia tanta doença em cachorro, os animais morriam de velhice e comiam restos
da comida da casa”.

Não é bem assim…antigamente não existiam meios de diagnóstico como os de hoje, e quando nossos animais morriam não sabíamos se a causa era velhice ou doença.

Ao oferecer comida caseira  corremos o risco de não oferecer ao nosso animal todos os nutrientes necessários para uma vida saudável. É difícil afirmar que existe uma relação direta entre a alimentação extrusada (rações industrializadas) e o aparecimento de novas enfermidades. Em humanos (e lá vamos nós nos comparar mais uma vez a cães e gatos ), sabemos que existe uma relação estreita entre alimentação industrializada e conservantes com neoplasias, diabetes e outras doenças.

Clinicamente, observo que animais que se alimentam de dieta caseira têm mais disposição e  resistência  imunológica. É possível formular dietas caseiras para cães e gatos com insuficiência renal ou urolitíases (cálculos urinários), diabéticos, obesos, cardiopatas, portadores de neoplasias e também formular dietas funcionais (quando usamos propriedades dos alimentos para melhorar a saúde do animal). Mas, para isto, é necessário  balancear a dieta.
Como fazer uma dieta balanceada para um animal se não fazemos para nós mesmos? Ninguém come todos os dias a mesma coisa. Não pode! A variação de vitaminas e minerais é importante em qualquer organismo, até mesmo em nossos pets, então é preciso fazer com que os proprietários tenham  conhecimento de quais alimentos podem ou não ser oferecidos ao animal, mantendo o equilíbrio da dieta  sem refinar o paladar dos animais tornando-os exigentes demais.  Nas rações, as necessidades energéticas diárias estão inclusas nas tabelas de quantidades diárias recomendadas por cada fabricante.  A escolha do tipo de  alimentação – se caseira ou industrializada – dependerá do estilo de vida do proprietário, do tempo disponível para se dedicar à alimentação, dos custos e da condição de saúde do animal.

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