Zoonoses são doenças transmissíveis dos animais para os homens.

Os exemplos mais comuns são: raiva, leptospirose, esporotricose, leishmaniose, toxoplasmose, criptococose e verminoses (incluindo o bicho geográfico).

Também existem doenças que são transmitidas dos homens para os animais, chamadas de antropozoonoses (como a tuberculose nos cães, por ex.).

Precisamos tomar muito cuidado com informações imprecisas que podem levar algumas pessoas a tomarem medidas drásticas e cruéis, como o abandono de animais.

Antes de pensar em se desfazer do seu animal, leve-o para atendimento veterinário e se informe sobre a doença.

Ainda há quem pense que grávidas não podem ter gatos ou que qualquer animal agressivo está contaminado com o vírus da Raiva.

O fato de existirem doenças comuns aos humanos e aos animais, não é motivo para pânico.

Existem medidas preventivas e terapêuticas.

Converse com seu veterinário ( e com seu médico!)

Para saber mais sobre toxoplasmose e esporotricose, clique aqui.

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Estes sintomas são muito comuns nos cães.

Existem muitas causas possíveis e a gravidade do quadro também é muito variável.

Alguns casos podem se resolver sozinhos, sem maiores problemas e outros precisam de atendimento veterinário, exames e tratamento mais prolongado.

Existe uma grande diferença entre fezes pastosas e diarreia.

Um animal pode evacuar fezes pastosas ou moles, somente 1 ou 2 vezes ao dia e isto não é diarreia.

A diarreia se caracteriza pelo aumento do volume das fezes, diminuição na consistência e/ou presença de líquido e aumento da freqüência das evacuações.

Frequentemente, o cheiro das fezes também é diferente, mais fétidas que o normal e o animal pode apresentar sinais de dificuldade para evacuar (tenesmo).

Eles também podem sentir dores abdominais, mas como sabemos (para saber mais, clique aqui), os cães e gatos raramente reclamam ou choram de dor. Eles ficam quietos e muitas vezes assumem uma postura “enroladinha”, alongam o corpo de vez em quando ou ficam inquietos, andando de um lado para o outro.

Muitas vezes, o animal também apresenta vômitos, que é o ato de expelir o conteúdo do estômago pela boca.

Os cães não têm tanta dificuldade para vomitar, como nós humanos. Além da posição quadrúpede facilitar o movimento (o alimento não precisa subir do estomago para a boca), faz parte do comportamento ancestral canino regurgitar o alimento que foi caçado para seus filhotes.

Quando o animal apresenta vômitos e diarreia, ele pode estar com um quadro de gastroenterite.

As causas de uma gastroenterite podem ser muito variadas.

As mais simples podem ser causadas por hábitos alimentares inadequados, como comer muita quantidade, comer rápido demais, comer itens não digeríveis, mudanças na dieta, comer lixo ou comida estragada, por exemplo.

As causas mais graves podem ser: infecções, viroses, parasitos (vermes), intoxicações, envenenamentos, diabetes, pancreatite, doença renal ou hepática e até câncer, entre outras.

Quando a causa é simples, os animais costumam se recuperar sozinhos.

Eles parecem ter uma sabedoria (que a nossa gula humana não permite) e ficam em jejum. Muitas vezes, basta esperar algumas horas, respeitar o jejum e tudo volta ao normal.

Às vezes, precisamos oferecer uma dieta leve, antes de voltar para a ração ou alimentação rotineira.

É fundamental realizar um tratamento e prevenção contra parasitos intestinais nos filhotes e pelo menos de 6/6 meses, nos adultos.

Saiba mais sobre filhotes, clicando aqui.

Mas se o quadro estiver acompanhado de prostração, presença de sangue nas fezes (muitas vezes, o aspecto é parecido com geleia de morango) e/ou muco (parece um catarro nas fezes), é importante levar o animal para atendimento veterinário.

Os vômitos e a diarreia podem levar o animal a um quadro de desidratação e desequilíbrio eletrolítico, especialmente se o animal for filhote ou idoso.

Se o quadro de vômitos for intenso, não adianta tentar medicar o animal por via oral, ele pode vomitar a medicação, antes mesmo dela fazer efeito.

Nestes casos, é fundamental que o animal seja examinado e medicado por um(a) médico(a) veterinário(a).

Pode ser necessário realizar exames complementares como hemograma, bioquímica, radiografias, ultrassonografia e colonoscopia para definir o diagnóstico e tratamento.

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Você já viu um cão ou gato numa posição estranha, sentado com as patas de trás esticadas para frente, arrastando a “bunda” no chão?

Alguns animais se deslocam por alguns metros assim!

Esta movimentação ocorre com frequência e pode ter diferentes causas.

Antes de se preocupar com algum motivo patológico, certifique-se que não tem nada preso nos pelos ou até mesmo no ânus, como um fio de cabelo, fezes, papel, carrapato etc.

Os animais ficam extremamente desconfortáveis se não conseguem se livrar  de algo assim.

Se não houver nada incomodando, precisamos investigar um pouco mais.

Qualquer irritação, dor ou prurido (coceira) nesta região pode fazer  o animal se comportar assim.

A maioria dos tutores de animais pensa logo num caso de verminose.

O verme transmitido pelas pulgas, o Dipilydium caninum, de fato pode causar prurido, pois as proglotes (pequenos “pedaços”) da tênia saem ativamente pelo ânus, causando bastante desconforto.

Neste caso, é fundamental vermifugar o animal e controlar a infestação pelas pulgas (saiba mais, clicando aqui).

Outra causa bastante frequente é a inflamação das glândulas adanais.

Elas se localizam ao lado do ânus e produzem uma secreção fétida (chamo “carinhosamente” de bacalhau!) que é normalmente expelida durante a defecação e serve como comunicação entre os animais.

Alguns cães e gatos também podem eliminar esta secreção quando contraem o ânus – pode ser entrando no carro, pulando ou numa situação de medo.

Se houver alguma alteração nesta região ao redor do ânus (vermelhidão, inchaço, secreção), leve seu animal para atendimento veterinário.

Além do odor fétido e do “arrastar” no chão, ele pode estar sentindo muita dor.

Se o sintoma for recorrente, pode ser necessário remover as glândulas cirurgicamente.

 

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Sim, existem doenças que são transmitidas dos animais para nós, e vice-versa.

São as zoonoses (leia mais aqui).

Mas esta transmissão não é muito frequente.

Se a pessoa estiver imunodeprimida ou em tratamento com drogas imunossupressoras, esta chance aumenta bastante.

A maioria das doenças infectocontagiosas são transmitidas somente entre indivíduos da mesma espécie.

Nós não pegamos a gripe dos nossos cães, nem eles pegam a nossa, por exemplo. Saiba mais sobre gripe canina, aqui.

Muitas viroses são transmitidas de cão para cão, mas não pegam em pessoas nem nos gatos.

Mas algumas doenças podem ser transmitidas dos animais para nós, tanto através do contato direto com secreções ou excreções, quanto através da ingestão de alimentos contaminados de origem animal.

  • verminoses – larva migrans cutânea (bicho geográfico) e visceral
  • raiva
  • leptospirose
  • micoses cutâneas
  • esporotricose
  • leishmaniose
  • criptococose
  • toxoplasmose

Precisamos tomar muito cuidado com informações imprecisas que podem levar algumas pessoas a tomarem medidas drásticas e cruéis, como o descarte de animais.

Antes de pensar em se desfazer do seu animal, leve-o para atendimento veterinário e se informe sobre a doença.

É muito importante saber quais são as doenças e entender seus sintomas para evitar a transmissão e se necessário, iniciar o tratamento o quanto antes.

A melhor maneira de evitar a contaminação é manter hábitos de higiene, sempre lavar as mãos após limpar fezes e urina dos animais e manter seus animais saudáveis e com a vacinação anual em dia.

Para saber mais detalhes sobre as zoonoses, clique aqui.

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É melhor prevenir do que remediar, já dizia o ditado.
Na veterinária também funciona assim.
A prevenção de doenças aumentou muito a longevidade dos animais nos últimos anos. Eu nunca tinha conhecido ou atendido cães de raças grandes (dog alemão, labrador, rottweiler) com mais de 12, 13 anos e recentemente tenho visto muitos.
Mas também é possível prevenir problemas comportamentais. E quanto antes, melhor.

Saúde Mental

Cães e gatos não precisam mais caçar, se proteger de predadores e defender seu território para sobreviver. Nós fazemos tudo por eles. Assim eles vivem muito mais, mas não tem nada para fazer…vivem sem desafios e muitas vezes confinados dentro de apartamentos sem ter contato com outros indivíduos (gente e bichos!).

Sem ter como exercitar seus instintos naturais, muitas vezes eles expressam sua frustração e tédio arranhando, roendo, comendo, lambendo as patas, uivando, latindo, destruindo móveis, rodando, mordendo…

Mas é possível prevenir:

  • socialize seu cão– desde filhote, apresente-o para amigos, crianças  e outros animais.
  • examine, manipule- desde filhote, mexa na boca, patas, orelhas, comedouros e objetos do seu cão ou gato. Delicadamente, é claro. Ele deve ter a certeza de que você pode e deve inspecioná-lo.
  • brinque, dê atenção– é fundamental reservar um tempo para se divertir com seu animal.  Se você não tem tempo, não deve ter um animal de estimação.
  • eduque- cães e gatos devem ser ensinados desde filhotes. Eles precisam saber o que podem ou não fazer. O que é desejável ou não. Para nós, algumas atitudes parecem obviamente erradas, mas para eles, não. Como por exemplo, fazer xixi no tapete ou não pular nas visitas. Se não ensinarmos, eles não vão aprender.
  • agressividade- nunca brinque de maneira agressiva com seu cão ou gato. Mesmo aquelas mordidinhas de filhotes devem ser evitadas. Cabo de guerra também não é recomendado, a não ser que você ganhe sempre.
  • esterilização do macho- previne a marcação urinária. Quanto antes o cão ou o gato for castrado, menos  xixis pela casa toda.
  • estimule a independência- não se despeça quando for sair, deixe seu animal por alguns minutos em um cômodo diferente do seu, ofereça brinquedos interativos (http://www.bitcao.com.br/index.php?PUID=BSD)

Agindo de forma preventiva, oferecemos uma vida mais saudável e divertida além de melhorar a relação com nosso animal de estimação.

Saúde Física

  • vacinação– cães e gatos devem ser vacinados a partir de 45 dias e após completar o esquema de filhotes, revacinados anualmente (não esquecer que além da raiva, existem outras doenças graves que podem ser evitadas através da vacinação)
  • verminoses– todo filhote deve ser vermifugado e dependendo do (mais…)
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