Os animais também estão sofrendo de obesidade, assim como os seres humanos.

A obesidade causa sobrecarga sobre as articulações, dificuldades locomotoras e respiratórias, além de aumentar o risco do animal desenvolver doenças como diabetes, doenças articulares e cancer.

A definição de obesidade é: acúmulo excessivo de gordura corporal.

Muitos cães e gatos são obesos. Na maioria das vezes, os seus responsáveis não reconhecem e só se dão conta quando levam seus animais para consulta veterinária, por um outro motivo.

A principal causa da obesidade é a ingesta exagerada de alimentos e a falta de exercícios. Quando se come mais do que se gasta, este excesso é acumulado no corpo como gordura.

A melhor maneira para avaliar a obesidade é visualmente, olhando o corpo do animal. Quando usamos o peso como referência, podemos cometer enganos.

Os cães e gatos, mesmo os da mesma raça, podem variar muito de tamanho e peso. Conheço poodles, yorkshires, labradores e siameses (assim como tantas outras raças) de diferentes tamanhos.

Não podemos ter um peso ideal como objetivo para cada raça sem considerar estas variações.

A silhueta corporal ainda é a melhor maneira de avaliar.

obesidade em cães e gatos

Quando olhamos o animal de cima, devemos perceber uma “cintura” após o gradil costal (costelas). Se ela estiver muito marcada, o animal está magro. Se não for visualizada, ele pode estar acima do peso ou obeso.

Se constatado o excesso de gordura corporal, precisamos tratar este animal.

TRATAMENTO

Inicialmente é importante saber se existe alguma causa específica para a obesidade. Um animal com hipotireoidismo pode ganhar peso, por exemplo.

É necessário saber exatamente o que o animal come. Se ele ganha um pão no café da manhã e bolo na hora do lanche, vai ser difícil emagrecer…

As embalagens das rações possuem uma tabela com a quantidade diária recomendada, para os diferentes tamanhos de cães ou gatos.

ATENÇÃO: esta quantidade é diária! Não para ser oferecida a cada refeição.

  • Se seu animal já está comendo a quantidade mínima recomendada, considere trocar a ração por uma opção menos calórica. Existem rações para manutenção e para perda de peso. É fundamental oferecer a quantidade recomendada. Ninguém emagrece comendo uma enormidade de alimentos light!
  • Os alimentos com alto teor de fibra e o aumento da ingesta de água, ajudam a saciar o apetite.
  • Ofereça a quantidade diária de alimento dividida em várias vezes  ao dia.
  • Aumente a quantidade de exercícios, mas cuidado com o limite do seu animal. Uma das melhores formas de exercitar cães e gatos, é brincando bastante! Existem muitos perfis bacanas no Instagram e um dos meus favoritos são: Enriquecimento Ambiental Canino e Enriquecimento Ambiental Felino (veja outras ideias de brinquedos para gatos aqui).

A família toda precisa estar envolvida no tratamento. O ideal é uma única pessoa alimentar e todas praticarem exercícios com o animal.

Se for muito difícil controlar a oferta de extras e petiscos, considere usar os de baixa caloria ou ofereça vegetais como a cenoura, por exemplo. Alguns cães gostam de frutas, mas cuidados com as muito calóricas! A melancia e o melão são boas opções.

Os gatos costumam se viciar em comer e seus tutores se viciam em alimentar seus gatos!

Eu explico: como os gatos fazem várias pequenas refeições, eles “beliscam” o dia todo, é comum miarem quando o pratinho está vazio. Mas os gatos não miam só porque estão com fome!

Eles miam para chamar atenção, para brincar, para ganharem carinho…(saiba clicando aqui), mas na maioria das vezes o tutor “entende” o miado como fome e chama o gato para comer.

Resultado: o gato recebe a atenção que precisava, mas através da comida e não da brincadeira, o que seria bem melhor!

Alguns animais podem demorar até um ano para chegar ao peso ideal. Lembre-se que perder 3 Kg para um cão de 30 Kg é 10% do peso dele. É comparável a uma pessoa de 70 Kg perder 7 Kg! Difícil, né?

Em casos mais complexos, onde a causa da obesidade é uma doença, o tratamento específico é fundamental. Não adianta só emagrecer.

Se a causa da obesidade for o hipotireoidismo, o diagnóstico e o tratamento devem ser realizados, o quanto antes.

Os cães com hipercortisolismo (Hiperadrenocorticismo ou Doença de Cushing) também podem apresentar obesidade, apetite voraz e abdomem volumoso.

Os gatos obesos correm um risco grande de desenvolver uma patologia grave chamada lipidose hepática se param de comer por algum motivo.

Evite deixar seu animal engordar. É muito mais fácil controlar o peso e não deixá-lo engordar do que emagrecer depois. Principalmente no caso dos gatos e dos animais que nao se exercitam muito.

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Zoonoses são doenças transmissíveis dos animais para os homens.

Os exemplos mais comuns são: raiva, leptospirose, esporotricose, leishmaniose, toxoplasmose, criptococose e verminoses (incluindo o bicho geográfico).

Também existem doenças que são transmitidas dos homens para os animais, chamadas de antropozoonoses (como a tuberculose nos cães, por ex.).

Precisamos tomar muito cuidado com informações imprecisas que podem levar algumas pessoas a tomarem medidas drásticas e cruéis, como o abandono de animais.

Antes de pensar em se desfazer do seu animal, leve-o para atendimento veterinário e se informe sobre a doença.

Ainda há quem pense que grávidas não podem ter gatos ou que qualquer animal agressivo está contaminado com o vírus da Raiva.

O fato de existirem doenças comuns aos humanos e aos animais, não é motivo para pânico.

Existem medidas preventivas e terapêuticas.

Converse com seu veterinário ( e com seu médico!)

Para saber mais sobre toxoplasmose e esporotricose, clique aqui.

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De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a leishmaniose é um importante problema de saúde pública mundial.

A leishmaniose (calazar) é uma zoonose causada por um protozoário do gênero Leishmania.

Sua transmissão ocorre através da picada do “mosquito-palha” (flebótomo) infectado. Esse mosquito tem o hábito de picar ao anoitecer e geralmente ocorre em regiões próximas a matas e encostas de morros. A doença pode afetar tanto seres humanos como animais domésticos e silvestres. O cão é considerado o principal reservatório da doença no meio urbano.

Apesar de classificada como doença de caráter rural, a boa adaptação do mosquito transmissor ao meio urbano tem permitido a expansão da doença no Brasil.

A doença apresenta-se em duas formas clínicas principais: a forma cutânea e a forma visceral, sendo esta última mais grave.

Os sintomas podem ser bastantes variáveis. O cão pode apresentar lesões na pele (úlceras e descamação), emagrecimento, problemas oculares e em alguns casos, crescimento exagerado das unhas.

A doença pode evoluir para um quadro mais grave, causando lesões no fígado, baço e rins, podendo levar à morte.

Atualmente é possível  tratar a leishmaniose, mas sem dúvida a prevenção é a melhor opção:

  • Combate ao mosquito transmissor
  • Usar telas milimétricas nas janelas e portas em áreas endêmicas
  • Usar repelentes para minimizar o risco de transmissão (existem opções para os animais) – em seres humanos também
  • Realizar exames sorológicos periódicos em animais de áreas de risco
  • Procurar o posto de saúde mais próximo quando suspeitar da doença em humanos
  • Evitar o desmatamento e a construção de moradias em encostas de matas.

A evolução da doença pode ser muito lenta (até 4 anos para apresentar sintomas), e o cão apesar de parecer saudável pode ser transmissor da doença para seres humanos e outros animais.

O diagnóstico é realizado através de um exame de sangue ou biópsia da lesão.

Animais que vivem em regiões onde já foram detectados casos positivos devem ser testados.

Já existe uma vacina que pode ser aplicada em cães saudáveis e acima de 4 meses de idade. É fundamental realizar um exame de sangue antes da vacinação – somente animais negativos podem ser vacinados.

O esquema de vacinação atual disponível no Brasil consiste em 3 doses com intervalo de 21 dias entre elas. A revacinação é anual.

O uso de produtos repelentes de insetos (pipetas e coleiras) também ajudam na prevenção.

Converse com o veterinário(a) dos seus animais.

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Sempre me fazem esta pergunta.

Todos os filhotes de cães e gatos trocam os dentes, assim como as crianças!

Aproximadamente aos 4 meses, ocorre esta substituição. Em geral, aos 6 meses de idade, os cães e gatos já estão com toda a dentição definitiva.

Os cães de raças pequenas podem levar mais tempo para trocar todos os dentes.

Os dentes definitivos são maiores, mais bonitos e têm as pontas mais arredondadas.

Nem sempre percebemos o dente de leite ficar mole e também não observamos uma “janelinha”, como na crianças.

Isto porque o dente definitivo substitui o dente de leite somente quando este está pronto para cair (a raiz é absorvida).

Na maioria das vezes, nem achamos o dente de leite, ele cai no chão e também pode ser engolido…sem problemas.

Em alguns animais (especialmente nos cães de raças pequenas), o dente de leite pode não cair e ficar firme, ao lado do dente definitivo (foto).

Neste caso, é recomendado levar o animal para atendimento veterinário e decidir se é necessário extrair ou não.

Os filhotes adoram roer! Aliás, os cães adoram morder! É normal!

Muita gente “culpa” a troca de dentes pela adoração dos cães por roer…brinquedos, móveis, sapatos, paredes, tudo!

Mas nem sempre é só esta a motivação. Precisamos oferecer brinquedos adequados para os cães morderem, eles precisam e gostam deste exercício.

O que não deve ser permitido é que os animais “brinquem de morder” nossas mãos, pés e outros objetos.

Os dentes de leite possuem as pontas muito fininhas e afiadas e podem machucar as peles mais sensíveis e rasgar roupas.

Para saber como ensinar seu cão ou gato a não morder suas mãos, pés etc., clique aqui.

Mesmo sabendo que eles vão trocar a dentição de leite pela definitiva, vale a pena iniciar a escovação cedo, para eles se acostumarem.

Saiba como escovar os dentes do seu cão ou gato, clicando aqui.

Se possível, escove os dentes do seu animal, diariamente.

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Vamos conversar sobre cães e gatos!

Toda semana, eu e a jornalista Giuliana Girardi recebemos convidados para dividirem histórias e experiências com seus pets.

Uma produção do Fantástico e do G1, “Bicho na Escuta” também responde as dúvidas e revela curiosidades do universo pet.

Aqui eles são protagonistas!

Os episódios são publicados toda quinta-feira e estão disponíveis no G1, no Globoplay e em todas as plataformas digitais de áudio.

Clique aqui para ouvir

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Participo do programa desde 2014, com opiniões e dicas veterinárias.

O programa é ao vivo, de segundas às sextas-feiras das 10h45 às 12h, na Rede Globo.

Para saber as datas das próximas participações, curta a pagina do Bicho Saudável no Facebook: https://www.facebook.com/bichosaudavel ou siga o Instagram @ritaericson.veterinaria

Assista aqui alguns trechos:

Clique no tema de cada programa

23/09/2014 – Problemas Comportamentais e a relação com os animais

06/10/2014 – Ansiedade de Separação (animais que não conseguem ficar sozinhos)

30/10/2014 – Cães que latem demais!

19/11/2014 – Interações entre animais

24/12/2014 – Crianças e animais e Vira-lata é o máximo!

19/03/2015 – Animais e viagens

18/06/2015- Abandono de animais

20/07/2015- Cães de Raças Gigantes

05/10/2015 – São Francisco de Assis, Cinomose 

05/11/2015 – Adoção

05/11/2015 – Raças pequenas

04/11/2016 – Férias e hospedagem de cães

12/01/2016 – Cães atletas

04/02/2016- Convivência entre animais de espécies diferentes

04/02/2016- Carnaval

23/02/2016-Comunicação felina – a partir do minuto 37

23/03/2016 – Animais de trabalho, cães que asistem cadeirantes

23/03/2016 – Cães atletas – huskies da Laponia

21/04/2016 Roupas, Acessórios e tosa artística e mais

04/05/2016 – Adoção de gatos e continuação deste tema

20/05/2016- Cuidados no Inverno

03/06/2016- Obesidade Canina

08/07/2016 – Cães caçadores

02/09/2016 – Cães distinguem palavras e emoções

07/11/2016 – Ocitocina, o hormônio do amor

03/01/2017 – Cães de presente!

15/03/2017 – Toxoplasmose e Esporotricose

22/05/2017 – Gato preto dá azar? Claro que não!

08/06/2017 – Linguagem corporal dos animais

27/06/2017 – Falar com Animais é sinal de inteligência!

01/09/2017 – Viajar com Cães

11/10/2017 -Maus Tratos

21/12/2017 – Animal de presente? Cuidados emergenciais com animais e Fogos

28/02/2018 – Animais com deficiência e Latidos de Sabedoria e Miados de Sabedoria

12/04/2018 – O poder transformador dos animais nas nossas vidas

16/05/2018 – Carrinhos para cães e perguntas da plateia (Tô querendo saber)

11/07/2018 – Fluff Challenge  Adestramento  Inteligência Animal (blocos 2,3 e 4)

23/08/2019 – A dor da perda de um animal de estimação

Perguntas da Plateia (Tô querendo saber)

31/10/2019 – Brumadinho e A dor da perda de um animal de estimação

25/04/2019 – Abril Laranja – Campanha alerta para maus tratos contra animais

Gabriel e Yellow e Crianças que maltratam animais

29/10/2019 – Mordida de cachorro

18/12/2019 – Maus-tratos e rinha de briga de cães

30/10/2020 – Abandono, Maus-tratos, Preconceito contra os gatos pretos no Halloween e Covid e animais de estimação

08/02/2021 – “Desafio do cão culpado” ou #guiltydogchallenge – programa gravado em casa, por causa da pandemia 🙁

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Esta nova coronavirose está afetando o mundo todo e nos deixando ansiosos, repletos de dúvidas e muitas vezes sem saber o que fazer.

As recomendações de higiene e segurança estão sendo amplamente divulgadas pela mídia e cabe a todos nós seguí-las:

  • lavar as mãos com frequência e da forma adequada
  • evitar levar as mãos aos olhos, boca e nariz
  • ao espirrar e tossir proteja a boca com um lenço descartável ou com seu próprio braço
  • mantenha distância de 1 metro das outras pessoas em caso de tosse ou espirro
  • procure assistência médica se estiver com febre e tosse com dificuldade respiratória
  • respeite as regras da sua cidade, região ou país (elas podem variar de acordo com a situação)

De acordo com as previsões dos órgãos de saúde o número de casos no Brasil só vai aumentar nas próximas semanas e precisamos fazer a nossa parte.

A princípio, não precisamos nos preocupar com nossos cães e gatos, pois não há nenhum indício de contaminação do Covid-19 nestas espécies.

NÓS NÃO TRANSMITIMOS PARA ELES E COMO ELES NÃO DESENVOLVEM A DOENÇA TAMBÉM NÃO TRANSMITEM PARA NÓS!

Os cães apresentam outro tipo de gripe (para saber mais clique aqui) e os gatos também desenvolvem doenças respiratórias ( clique aqui para saber mais), mas nenhuma delas é causada pelo coronavírus, nem são transmitidas para os seres humanos.

Contudo os cães e gatos também podem apresentar doenças causadas por outros tipos de coronavírus, mas além de não serem contagiosas para os seres humanos as suas manifestações não são respiratórias.

A coronavirose nos cães causa uma gastroenterite (o principal sintoma é diarreia) e nos gatos uma doença conhecida como PIF (peritonite infecciosa felina). Estas viroses também não são transmitidas para os seres humanos nem para outras espécies.

A mídia internacional divulgou um caso de um cachorro na China, que apresentou um resultado fraco positivo para o coronavírus, mas ele não apresentou a doença. A hipótese mais provável é que o material coletado no cão estivesse contaminado com o Covid-19 porque sua responsável estava positiva para a virose. Este cão ficou em quarentena por precaução e também para diminuir o risco dele “carregar” material contaminante no seu corpo para outras pessoas.

Por este mesmo motivo não é indicado que cães ou gatos que convivem com pessoas contaminadas pelo Covid-19 entrem em contato com outras pessoas. Desta forma, diminuímos a chance de contágio.

Priorize passear com seu cão em locais sem muitas pessoas e siga as recomendações de higiene já descritas.

Tenho ouvido algumas dúvidas a respeito da vacinação contra coronavirose, aquela que os cães recebem todo ano na vacina múltipla (óctupla ou decupla). Esta vacina é INDICADA SOMENTE PARA CÃES para protegê-los contra o coronavírus que afeta o sistema digestivo do cães.

ELA NÃO DEVE SER APLICADA EM NENHUMA OUTRA ESPÉCIE, NEM HUMANOS NEM GATOS E NÃO PREVINE CONTRA O COVID-19!

Podemos aproveitar este período que estamos mais tempo em casa para nos dedicar mais aos nossos pets, brincando mais com nossos animais, escovando, ensinando comandos e enriquecendo suas vidas com atividades que normalmente não conseguimos encaixar nas nossas rotinas.

Se você tiver dúvidas sobre este e outros assuntos, entre em contato!

Basta clicar aqui ou pelo perfil do instagram @ritaericson.veterinaria

Se o seu animal estiver precisando de assistência veterinária, leve-o numa clínica, mas certifique-se do horário de funcionamento e tente agendar o atendimento para evitar deslocamentos e encontros desnecessários na sala de espera.

São tempos difíceis, mas vai passar!

Se cuidem!

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Você já pensou o tanto que podemos aprender com cães e gatos?

Pensando em coisas que os animais podem ensinar aos humanos e também nas atitudes que nós podemos ter para melhorar a vida deles, eu escrevi estes dois livros muito especiais, o Latidos de Sabedoria e o Miados de Sabedoria, que estão em pré-venda!

Os cães, por exemplo, tratam todo mundo com igualdade, não valorizam dinheiro, nem poder. São puro amor! ?

Já os gatos nos ensinam que se alongar ao sair da cama é necessário. O alongamento ativa os movimentos dos músculos e aumenta a circulação sanguínea para todo o corpo, inclusive o cérebro. Muito inteligentes, né? ?
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Os livros podem ser adquiridos individualmente ou em um combo. E fazendo o pedido durante a pré-venda você recebe brindes exclusivos:
+ marcador de páginas
+ ecobag estampada

Para comprar o “Latidos”, entre no site da Editora Belas Letras, clique aqui.

O “Miados” está esgotado na editora, mas disponível aqui.

Os envios iniciarão a partir do dia 17/02/20.

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Quer saber como você pode melhorar a vida do seu pet ? JB FM bicho saudavel

Acompanhe os boletins com dicas veterinárias, comigo, Rita Ericson!

De segunda a sexta, aproximadamente às três da tarde.

Para ouvir a qualquer hora, em qualquer lugar, clique aqui.

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CBD é a abreviação da palavra canabidiol, um princípio ativo derivado da planta cannabis.

A cannabis ou popularmente conhecida como maconha, é uma planta que possui mais de 100 compostos químicos chamados de canabinóides e os mais conhecidos são o CBD e o THC.

O CBD é uma substância natural e embora não haja dúvidas sobre seus benefícios no controle da dor, da ansiedade além de outras indicações para seres humanos, ainda há muitos pontos e dúvidas a serem esclarecidos sobre o uso do CBD para cães e gatos.

É possível que você já tenha ouvido falar dos inúmeros benefícios do CBD e como ele tem ajudado os humanos a lidar com diferentes doenças.

Por isso o CBD está avançando cada vez mais no campo dos tratamentos holísticos (para saber mais, clique aqui).

É importante ressaltar que nenhuma medicação, mesmo que natural, funciona como uma solução mágica, indicada para resolver todos os males, para todos os indivíduos.

Entendendo o CBD 

Assim como os humanos, os cães e gatos também possuem sistemas endocanabinóides. O sistema endocanabinóide é uma rede de ativadores e receptores celulares que funcionam como reguladores de algumas funções fisiológicas como: humor, sono, dor, apetite e imunidade.

Nossos organismos, assim como o dos nossos pets, produzem canabinóides naturalmente – são os chamados endocanabinóides.

A planta Cannabis – CBD & THC

Ainda que existam alguns equívocos e preconceitos a respeito da planta cannabis, sabemos que são muitos os benefícios que o CBD pode oferecer.

Cannabis sativa L é o nome genérico da planta, mas ela possui muitas linhagens diferentes. Enquanto algumas linhagens produzem a maconha, que é ilegal no Brasil, outras linhagens produzem o cânhamo para fins terapêuticos e industriais (fabricação de tecidos, cordas, papéis etc).

O nome cannabis é um termo abrangente usado tanto para chamar o cânhamo quanto a planta da maconha.
Embora existam semelhanças entre a planta de cânhamo e a planta da maconha, também há diferenças e é fundamental reconhecê-las.

Apesar da planta cannabis geralmente conter CBD e THC (Tetrahidrocanabinol), as plantas de cannabis que contêm menos de 0,3% de THC são conhecidas como plantas de cânhamo (ou Hemp, em ingles). Antes de tudo, saiba que os produtos feitos das plantas de cânhamo são legais no Brasil.

Por mais que a planta da maconha seja mais conhecida por suas propriedades psicoativas, isso não quer dizer que ela também não tenha propriedades medicinais. São muitos os relatos de que a maconha ajuda vários indivíduos com diferentes problemas de saúde.

No entanto, ainda existe muito preconceito em relação à maconha, por ela ser comumente usada com objetivos recreativos.

Por outro lado, os produtos derivados da planta do cânhamo são considerados não-psicoativos, isto é eles não produzem nenhum efeito de “chapação”.

Quando o assunto é o CBD para gatos e cães, estamos nos referindo às formulações e produtos livres ou com baixas concentrações de THC . Logo, o CBD não deixará seu animal de estimação “doidão nem chapado”.

Além disso, queremos enfatizar que o uso terapêutico do CBD para cães e gatos já está legalizado no Brasil.

O uso da maconha é muito perigoso,  desanconselhado e pode intoxicar seu animal.

Assim sendo, só se deve usar o CBD formulado especialmente para os pets.

Sem dúvida, o produto mais popular no mercado é o óleo de CBD que é uma substância líquida e na maioria das vezes utiliza-se com um conta-gotas.

O uso do conta-gotas permite dosar com mais precisão a quantidade de CBD para os cães e gatos.

Na maioria das vezes, o óleo de CBD é administrado por via oral, diretamente na boca ou misturado com a comida ou ao petisco favorito.

Efeitos e Benefícios do CBD

Infelizmente ainda não existem muitos estudos científicos publicados sobre os benefícios do CBD para saúde dos cães e gatos.

Em alguns países, o uso do CBD terapêutico para humanos é legal há alguns anos e são muitos os relatos de cães e gatos que apresentaram melhora de quadros como:

Artrite – dor articular

Dor neuropática (nervos)

Inflamação intestinal

Epilepsia e convulsões – controle e diminuição de medicamentos controlados, muitos estudos estão sendo realizados para confirmar.

Ansiedade – a propriedade mais estudada do CBD é sua capacidade de promover o relaxamento, esse efeito é observado tanto em humanos quanto nos nossos pets.

Náusea (enjôo) e estimulante do apetite – pacientes submetidos aos tratamentos quimioterápicos (entre outros casos) frequentemente apresentam vomitos e falta de apetite.

Efeitos colaterais do CBD

Como não existem 2 indivíduos iguais, sejam eles cães, gatos ou humanos, os animais podem reagir de maneira diferente ao CBD.

O principal efeito colateral do CBD é a possibilidade de deixar seu animal um pouco mais letárgico do que o habitual.

Normalmente, os efeitos colaterais são inexistentes ou extremamente leves.

CBD para venda: um alerta

Embora a popularidade dos produtos de CBD venha crescendo, precisamos alertar que nem todos os CBDs são produzidos da mesma forma. O CBD ainda não é controlado e regulamentado de forma precisa. Portanto, é totalmente possível que os produtos de CBD que você encontra disponíveis não sejam exatamente o que você está esperando.

Certifique-se de que o produto é 100% natural, testado e certificado por um laboratório que lhe dirá exatamente quanto de CBD contém em seu produto.

É fundamental consultar um(a) veterinário (a) em relação à indicação e dose adequada de CBD para seu animal de estimação.

No Brasil ainda não encontramos produtos nas prateleiras das petshops, à base de CBD. Só é possível através de formulações controladas em farmácias especializadas.

Em muitos países da Europa e dos EUA , existem petiscos, cápsulas, óleo, entre outras formulações disponíveis para a venda.

Vale ressaltar que cães e gatos só podem tomar o CBD derivado da planta de cânhamo. Produtos que são ricos em THC, como a maconha recreativa ou até mesmo a medicinal, podem intoxicar os animais!

Portanto, nunca ofereça maconha para seu cão ou gato, de nenhuma maneira!

Não deixe ele comer nem nunca permita que assoprem fumaça nem vapor na direção do seu animal pensando que isso o ajudará.

É bastante provável que brevemente tenhamos estudos publicados com todas as indicações, recomendações, cuidados e melhores aplicações do uso terapêutico do CBD para nossos queridos cães e gatos.

Converse com o(a) veterinário(a) que cuida da saúde do seu animal.

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