
“Hora do Blush” – Agressividade (bloco 2)
Escute aqui a minha participação no Programa Hora do Blush, com Isabella Saes no dia 29 de setembro de 2010.
O assunto foi “Agressividade”.
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“Hora do Blush” – Agressividade (bloco 1)
Escute aqui a minha participação no Programa Hora do Blush, com Isabella Saes no dia 29 de setembro de 2010.
O assunto foi “Agressividade”.
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Agressividade – Cães e Gatos
A agressividade é o distúrbio comportamental mais grave e frequente nos cães e gatos.
Muitas vezes, as famílias não percebem que a agressividade está se manifestando aos poucos e se não forem adotadas medidas para tratar, a tendência é só aumentar.
É fundamental diagnosticar e começar a tratar assim que os primeiros sinais de agressividade aparecem.
Em primeiro lugar, devemos entender que algumas manifestações agressivas são normais, isto é, ocorrem dentro do contexto.
Um animal com dor pode não permitir que examinem e manipulem uma parte do seu corpo que está dolorida, por exemplo e isto não significa que ele é um animal agressivo. Ele pode simplesmente estar se comunicando, avisando e evitando sentir mais dor ainda.
Assim como um animal que defende seu território de invasores pode não ser considerado agressivo, ele pode estar exibindo um comportamento natural da sua espécie.
O número de acidentes e de animais abandonados por causa da agressividade, é muito alto. Tratar a agressividade diminui a taxa de abandono e promove uma melhor relação entre o animal e suas famílias.
Raramente a agressividade é causada por uma doença neurológica, metabólica ou até mesmo infecciosa, como a raiva.
Mas podem existir várias causas orgânicas que contribuem para um animal se comportar de forma agressiva, como alterações hormonais, infeccções e dores, por exemplo.
O comportamento de um animal se forma a partir da herança genética herdada da sua família somada ao ambiente e as experiências que ele viveu.
Assim que o filhote nasce ele já tem uma tendência comportamental, se ele for bem ensinado pela sua mãe (as mães caninas e felinas são as melhores educadoras!) e bem sociabilizado pela sua família humana, o filhote tende a se desenvolver de forma sociável e dócil.
É fundamental o filhote aprender a controlar a intensidade da mordida nas brincadeiras de morder com sua mãe e irmãos.
Um filhote não deve ser separado de sua família antes dos 60 dias.
Classificação
Estes tipos podem variar de acordo com as associações de diferentes países.
A maioria dos animais agressivos apresenta 2 ou mais tipos de agressividade:
- Social – ocorre em cães. Era classificada como dominância, mas este conceito não é mais considerado correto. Envolve ansiedade e controle, é um cão que quer sempre testar sua posição. Ele acredita ter o direito e dever de controlar o ambiente. Noventa por cento destes casos, ocorre em cães machos.
- Medrosa – ocorre em cães e gatos, é o segundo tipo mais comum. Em geral ocorre em animais que foram pouco socializados e/ou sofreram maus tratos ou traumas.
- Territorial / Proteção – ocorre em cães. Em geral desejada e estimulada pelos donos que querem um cão de guarda. É normal dar o alarme, mas o ideal é ensinar ao cão quando parar – e eles são totalmente capazes de aprender este limite.
- Entre animais – ocorre em cães e gatos. Quando eles vivem no mesmo ambiente, costuma se relacionar com uma disputa por atenção e recursos (alimento, local de descanso etc). Quando as brigas ocorrem na rua, os motivos podem ser muito variados, mas é possível socializar um cão que não tenha muitos amigos.
Quanto aos gatos, se eles brigam na rua, o ideal é não deixá-los sair! O risco de contaminação por viroses, acidentes e a ocorrência de machucados graves é muito alto.
- Redirigida ou Irritável – ocorre em cães e gatos. Quando o animal não pode agredir seu alvo (por ex: expulsar um gato que passa na janela) ele agride o que estiver mais próximo. Acontece muito quando há briga entre animais e uma pessoa ou mesmo outro animal se aproxima para tentar separar (nunca separe uma briga com as mãos ou seu corpo! Prefira almofadas, pedaços de papelão, caixas etc).
- Relacionada à comida – somente em cães. Ocorre uma proteção do seu alimento.
- Possessiva – cães. Protege seus pertences, pode ser um brinquedo, um osso, o prato de comida ou até mesmo uma pessoa!
- Predatória – cães e gatos. O instinto caçador permanece e pode se dirigir também a objetos em movimento (bicicletas, patins – cães e partes do corpo como tornozelos em gatos).
- Idiopática – imprevisível, violenta de causa desconhecida.
- Lúdica – cães e gatos. Inicia com brincadeira, mas o animal não sabe quando parar e acaba agredindo. Muito comum em animais que foram separados muito cedo de sua mãe e irmãos e não tiveram oportunidade de aprender os limites com eles.
Prevenção e Tratamento
Nem sempre a família que convive com o animal percebe os primeiros sinais de agressividade.
O veterinário ou até mesmo visitas podem perceber antes e a família deve prestar atenção neste “toque”.
A castração dos machos, foi por muitos anos uma das medidas principais a ser recomendada.
A testosterona (hormônio masculino) não é a causa da agressividade, mas pode funcionar como “pilha”, aumentando a intensidade da agressão.
Existe muita resistência para realizar a castração, principalmente em machos. Além do machismo estrutural., precisamos lembrar sempre que os animais não namoram, noivam e casam como nós humanos.
A reprodução ocorre exclusivamente para perpetuar a espécie. Os animais não precisam se reproduzir para “se completar como indivíduos”, para serem mais saudáveis ou outros mitos propagados por aí.
Em países com altos índices de animais abandonados, a castração é fundamental para controle de natalidade.
Nunca agrida ou dê broncas no seu animal por ser agressivo, só vai gerar mais tensão, ansiedade e agressividade.
Somos capazes de planejar e intervir para que a vida dele e a de toda família seja mais equilibrada, agindo de forma gentil e respeitosa.
Saiba mais sobre castração, clicando aqui.
Os cães que controlam o ambiente precisam conhecer as regras e costumes da casa e isto requer treinamento e disciplina – ensine alguns comando para seu cão (o senta é o mais fácil) e peça-o para sentar para receber sua atenção, seja com alimento, carinho ou brincadeiras.
Se ele não obedecer, não forneça o alimento, não dê carinho e ignore-o. Nem olhe para ele. Mas não fique frustrado demonstrando sua insatisfação para ele!
Repita algumas vezes, mas quando ele não estiver mais interessado, é hora de parar.
É muito divertido treinar seu próprio cão, mas não hesite em contratar um profissional capacitado para ensinar você e seu cão como fazer mas certifique-se que ele não usará técnicas que envolvem punição, como trancos, puxões, broncas, enforcadores etc.
Saiba mais sobre adestramento, clicando aqui.
No caso de cães e gatos que confundem brincadeira com agressividade (lúdica), evite brincar de forma brusca.
Sempre dê o limite, sinalize para seu animal quando a brincadeira deve parar.
Evite brigar de luta com os filhotes, eles brincam muito desta forma entre eles, mas nós não dominamos a linguagem dos cães e acabamos confundindo-os sem sabermos indicar quando eles devem parar.
Se eles aprendem que brincar de morder é legal, vão continuar, vão crescer e podem acabar machucando alguém (especialmente idosos e crianças), mesmo que durante uma brincadeira.
Saiba mais sobre brincar de morder, clicando aqui.
A agressividade idiopática (quando não se sabe a causa) grave não tem tratamento e a melhor opção pode ser a eutanásia.
É muito difícil, mas é a solução mais humana e segura. Manter o animal preso, acorrentado e isolado de todos pode ser muito pior.
O animal acaba adoecendo e sofrendo sem receber assistência e tratamento.
Para todas as formas de agressividade, o ideal é intervir imediatamente.
A melhor maneira de lidar com cães que são insistentes e querem nossa atenção o tempo todo, é não dar atenção neste momento, não interagir, não falar nada e desviar o olhar.
Chame-o e dê atenção assim que ele se distrair, quando estiver relaxado.
Existem muitas maneiras de se divertir com seu cachorro!
O melhor reforço é elogiar sempre que ele se comportar de forma adequada, mesmo que ele esteja simplesmente sentado, tranquilo.
Se o seu animal está apresentando sinais de agressividade, evite todos os conflitos.
Se ele não gosta de determinada ação, como ser escovado, por ex., não insista.
Ele pode inclusive estar sentindo dor.
Se pararmos para pensar, vamos concordar que muitas vezes as pessoas forçam contato com um animal que estava sossegado, descansando, por exemplo.
Devemos orientar as crianças e desconhecidos sobre os limites e sempre respeitar a individualidade dos animais.
Ninguém gosta de ser perturbado enquanto está dormindo, não é mesmo?
SEMPRE SUPERVISIONE O CONTATO COM CRIANÇAS, IDOSOS OU PESSOAS DESCONHECIDAS DO SEU CÃO.
PROCURE AJUDA PROFISSIONAL

Remoção de Unhas e Cordas Vocais?? NÃO!!!
Além das cirurgias estéticas de orelhas e caudas nos cães, existem também cirurgias para minimizar alguns desconfortos causados pelos animais.
SOU COMPLETAMENTE CONTRA E EXPLICAREI PORQUE:
Os gatos arranham os móveis, troncos de árvores e mobílias para renovar as unhas (elas “desfolham”, trocam em camadas) e para marcar território (existem glandulas nas patas que deixam um cheiro no local percebido por outros gatos além dos arranhões serem marcas visuais).
As unhas retráteis também servem para defesa/ataque e permitem que os gatos façam acrobacias, se segurando pelas unhas.
Se seu gato arranha seu sofá e/ou machuca alguém com seus arranhões, existem várias alternativas muito melhores que retirar as unhas cirurgicamente.
- adquira um (mais…)

Corte de Orelha e Cauda
Há alguns anos atrás, muitos cães de diferentes raças (boxer, schnauzer, doberman, por ex) eram submetidos a estes procedimentos cirúrgicos, rotineiramente.
O objetivo das cirurgias era exclusivamente estético e este não é mais o padrão exigido pelos juízes de competição de beleza canina.
Atualmente o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) proíbe as cirurgias consideradas desnecessárias ou que possam impedir a capacidade de expressão do comportamento natural dos animais. As resoluções do CFMV nº 1027/2013 e 877/2008 vedam o corte de cauda (caudectomia), de orelhas (conchectomia) e a eliminação das cordas vocais (cordectomia) em cães. Também não permite a retirada das garras em felinos (onicectomia).
Conchectomia (Corte de Orelha)
Quando era permitida, esta cirurgia era realizada em filhotes entre 8 e 12 semanas de vida (às vezes até antes). O pós- cirúrgico era extremamente trabalhoso e muitas vezes doloroso. Eram necessários curativos regulares, durante várias semanas para atingir o objetivo – orelhas eretas. E o pior é que nem sempre o resultado final atingia as expectativas e as orelhas ficavam com o aspecto de “quebradas”.
Caudectomia (Corte de Cauda)
A cauda é a parte final da coluna vertebral do animal e serve para o cahorro se comunicar e expressar diversas emoções. Não existe nenhum motivo além do estético para a indicação desta cirurgia – a não ser que haja uma questão de saúde, como um tumor ou um acidente, por exemplo.
Há casos de corte de cauda com o filhote recém nascido, em casa, sem anestesia e sem nehum cuidado de assepsia. Este procedimento oferece risco de infecção e muitas vezes o resultado é desastroso e requer outra cirurgia corretiva.
As raças que estamos habituados a ver de caudas cortadas, ficam lindas de cauda longa. É uma questão de costume. Por qual motivo se acha uma cauda grossa longa de rottweiler estranha e a do labrador linda? PURO COSTUME!
E o poodle? Esquisito de cauda longa? Pense no bichon frisé, parecidíssimo com o poodle e de cauda longa.
Essas intervenções cirúrgicas meramente para fins estéticos são consideradas mutilações e maus-tratos praticados contra os animais.
Por isso, qualquer pessoa que realize esse tipo de procedimento em animais está cometendo crime ambiental e deverá responder civil e criminalmente. Já o médico-veterinário que fizer uma intervenção dessa natureza, se não por motivo de saúde, ainda estará sujeito a processo ético-disciplinar, conforme prevê o Código de Ética e a resolução do CFMV de combate aos maus-tratos (1.236/2018).
Você acha justo realizar uma cirurgia com objetivo exclusivamente estético num animal? Não resta nenhuma dúvida que não!
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“Hora do Blush” – Senilidade (bloco 1)
Escute aqui a minha participação no programa “Hora do Blush” com Isabella Saes, no dia 08/09/10.
O assunto foi “Senilidade de cães e gatos” e a Comemoração do dia do Médico Veterinário, 09 de setembro.
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Quando um Animal é Considerado Idoso?
Em geral, a partir de 7 – 8 anos, mas depende muito do porte do animal.
Confira na tabela de idade http://www.bichosaudavel.com/tabela-idade-4/
Quando a idade do animal equivale aos 60 anos do humano, ele “entrou na terceira idade”.
Quando o cão ou gato atinge esta idade, devemos modificar a rotina deles. A alimentação deve ser adaptada, existem rações específicas para a “categoria senior”. Se o seu animal come comida caseira, converse com seu veterinário para mudar a receita. O idoso deve ingerir menor quantidade de calorias, a taxa de proteína também deve ser reduzida entre outras adaptações.
Existem doenças comuns aos idosos que devemos prevenir.
Nos cães, dependendo da raça (poodles, boxers, por ex.) a atenção deve ser para o sistema cardio-respiratório. Uma consulta com um veterinário cardiologista é fundamental para garantir muitos anos com qualidade de vida. A artrite também deve ser investigada, o animal pode sentir dor crônica sem demonstrar www.bichosaudavel.com/artrite/
Os gatos precisam de atenção redobrada com o sistema urinário. É muito comum o gato idoso apresentar insuficiência renal. O controle alimentar e da ingesta de líquidos é fundamental. Só o veterinário, através de exame de sangue é capaz de diagnosticar precocemente.
Os dentes também devem ser inspecionados. Se o seu animal está com “bafo de onça”, atenção! Ele pode ter tártaro (cálculo) e doença periodontal (saiba mais em: http://www.bichosaudavel.com/mau-halito/). As bactérias da boca podem causar infecção em outro local (coração, rins). Peça para seu veterinário avaliar a necessidade de limpar os dentes do seu animal (gatos também!).
As doenças reprodutivas também são comuns: piometra (infecção uterina), tumores de mama, cistos ovarianos e nos machos, doença prostática.
A castração é a melhor prevenção.
Os idosos também dormem mais e têm menos disposição para brincadeiras ativas. Isto não significa que não devem passear e brincar, mas fique atento para o limite. Se o animal quiser parar e se recusar a andar, respeite. Descanse um pouco e retome a caminhada com o ritmo menos acelerado.
É muito comum escutar as pessoas falarem: “antigamente os cães e gatos não tinham tantas doenças como câncer, hipotireoidismo, problemas dermatológicos e comiam restos de comida. Hoje em dia tomamos muito mais cuidado e os animais apresentam vários problemas”.
Mas não é bem assim!
Antigamente não tínhamos meios de diagnóstico. Ninguém sabia a doença do animal e quando ele morria, alguém logo dizia: “estava velho ou foi veneno”.
Graças a evolução da veterinária, hoje diagnosticamos precocemente e tratamos muitas doenças, garantindo aos animais longevidade com qualidade de vida.
Não adianta viver até 20 anos sentindo dor articular, dificuldade respiratória, sujo de urina e outras condições que tiram a dignidade que nossos animais merecem.
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Só Falta Dar a Descarga…
Muitos gatos usam o vaso sanitário. Alguns donos acham anti-higiênico, outros consideram prático.
Os gatos aprendem mais rápido que os cães o local adequado para urinar e defecar. Como eles enterram as fezes e urina (hábito antigo) a caixa sanitária com terra, areia ou similar é facilmente adotada pelos gatos ainda filhotes. Se a caixa sanitária estiver localizada num local de fácil acesso e sem obstáculos no caminho, os gatos tendem a usá-la sem problemas.
Se o gatinho ainda é muito filhote, vale a pena (mais…)
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Ração Comercial ou Dieta Caseira – alimentação natural?
Texto de Paloma Dalloz (nutricionista veterinária)
Eventualmente ouvimos alguém dizer: “Na minha época não havia tanta doença em cachorro, os animais morriam de velhice e comiam restos
da comida da casa”.
Não é bem assim…antigamente não existiam meios de diagnóstico como os de hoje, e quando nossos animais morriam não sabíamos se a causa era velhice ou doença.
Ao oferecer comida caseira corremos o risco de não oferecer ao nosso animal todos os nutrientes necessários para uma vida saudável. É difícil afirmar que existe uma relação direta entre a alimentação extrusada (rações industrializadas) e o aparecimento de novas enfermidades. Em humanos (e lá vamos nós nos comparar mais uma vez a cães e gatos ), sabemos que existe uma relação estreita entre alimentação industrializada e conservantes com neoplasias, diabetes e outras doenças.
Clinicamente, observo que animais que se alimentam de dieta caseira têm mais disposição e resistência imunológica. É possível formular dietas caseiras para cães e gatos com insuficiência renal ou urolitíases (cálculos urinários), diabéticos, obesos, cardiopatas, portadores de neoplasias e também formular dietas funcionais (quando usamos propriedades dos alimentos para melhorar a saúde do animal). Mas, para isto, é necessário balancear a dieta.
Como fazer uma dieta balanceada para um animal se não fazemos para nós mesmos? Ninguém come todos os dias a mesma coisa. Não pode! A variação de vitaminas e minerais é importante em qualquer organismo, até mesmo em nossos pets, então é preciso fazer com que os proprietários tenham conhecimento de quais alimentos podem ou não ser oferecidos ao animal, mantendo o equilíbrio da dieta sem refinar o paladar dos animais tornando-os exigentes demais. Nas rações, as necessidades energéticas diárias estão inclusas nas tabelas de quantidades diárias recomendadas por cada fabricante. A escolha do tipo de alimentação – se caseira ou industrializada – dependerá do estilo de vida do proprietário, do tempo disponível para se dedicar à alimentação, dos custos e da condição de saúde do animal.

Deixando o Cão Sozinho em Casa
Os cães são animais de companhia, mas as vezes, precisamos deixá-los sozinhos em casa.
Não há nada de errado nisso, eles são capazes de ficar sozinhos e em paz por aproximadamente 6 horas. Mas para isso, devemos ensiná-los, acostumá-los a ficar sós, da melhor maneira possível.
Eles têm pouco a fazer, principalmente na nossa ausência (nós somos o entretenimento deles). Alguns aproveitam para tirar uma soneca, outros sofrem de tédio, estresse ou ansiedade de separação.
Como saber se o seu cão fica bem quando todo mundo sai de casa ?
Alguns animais não deixam dúvidas: móveis roídos, lixo revirado, objetos e papéis roubados ou até mesmo vomito, fezes e urina pela casa. Outros se lambem / mordem para “aliviar a tensão” . Há aqueles que demonstram insatisfação latindo, uivando e você vai ficar sabendo pelos vizinhos.
Se o seu cão fica entediado, ansioso, deprimido ou se transforma numa máquina de destruição quando fica sozinho, há o que fazer. Você deve promover um enriquecimento ambiental, isto é, atividades para seu cão.
Sugestões:
- deixe brinquedos interativos a disposição (recheados com petiscos, por exemplo – disponíveis nas petshops)
- leve-o para passear (de preferencia um longo passeio) imediatamente antes de sair
- brinque muito, canse-o !
- se a sua casa costuma ter a TV ou o rádio ligado constantemente, deixe num canal ou estação usual, num volume baixo
- deixe uma peça de roupa sua usada perto do local onde o animal dorme
- o colete “Thundershirt” (à venda em algumas petshops e internet) também pode ajudar muito, mas primeiro precisamos acostumar o animal a usá-lo e tomar cuidado com os dias muito quentes. O colete é feito de um tecido elástico que pode esquentar demais.
Mas o mais importante é ensinar um animal a ser independente, acostume-o a ficar sozinho.
Se ele for do tipo “sombra”, isto é, te segue dentro de casa, troque de cômodo, feche a porta quando e deixe-o sozinho por pelo menos 5 minutos.
Confunda-o: pegue a chave do carro e não saia, troque de sapato e deite no sofá, coloque a bolsa no ombro e sente para almoçar. Os cães vivem uma rotina e se acostumam muito a ela. Depois de ver muitas vezes o dono sair ele aprende quais são os sinais de que vai ficar sozinho.
Quem tem cachorro sabe que eles percebem até quando estamos fazendo as malas para viajar…
Se ainda assim seu animal demonstrar desespero quando ficar só, procure ajuda veterinária.
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