Quem gosta de cachorro e gato costuma passar bastante tempo acariciando o pelo macio e gostoso deles.

De vez em quando sentimos uma alteração na pele, como uma casquinha, uma verruga ou uma “bolinha” e nos preocupamos, é claro.

As doenças de pele podem causar muitas alterações na coloração, espessura e até no odor da pele – para saber mais sobre elas, clique aqui.

Mas além destas alterações, geralmente causadas por alergias e infecções na pele, também podemos perceber manchas, pintas e algumas elevações na pele dos animais.

É importante avaliar se estas alterações são normais ou se precisam de mais atenção e tratamento.

Quando percebemos um crescimento de tecido, normalmente sentimos uma “bolinha” embaixo da pele ou elevada, sobre a pele.

Estas lesões podem ser menores (pápulas) ou maiores (nódulos) e costumam ser muito comuns nos animais mais velhos.

Nesta hora, muitos se preocupam e pensam logo que pode ser um câncer de pele, mas nem sempre a lesão está relacionada a uma doença grave.

Um crescimento na pele pode ser um tumor benigno ou maligno, um cisto, um abcesso, um hematoma (assim como nós, eles podem formar após um trauma) ou até mesmo uma reação alérgica aguda.

Um nódulo “solto” e macio embaixo da pele costuma ser um lipoma que é um tumor benigno de gordura, muito comum em animais gordinhos e mais velhos.

Nem sempre a alteração na pele apresenta um aumento de volume, como uma “bolinha”.

É muito comum encontrarmos manchas e/ou pintas mais escuras na pele dos cães e gatos. Estas pintas podem ser causadas por uma alteração na pigmentação da pele.

Algumas pintas e manchas podem ser normais, muito comuns nos animais mais velhos, que costumam aparecer na barriga e dorso (costas), assim como nós humanos apresentamos também no processo normal de envelhecimento.

A pele dos animais idosos sofre alterações comuns, se tornando mais espessa e escura, ela também perde a elasticidade e os pelos ficam mais escassos e grisalhos.

Para saber mais sobre animais idosos, clique aqui.

Outras alterações na coloração da pele podem ser causadas por tumores, como o melanoma, por exemplo.

Os animais também podem sofrer queimaduras de sol na pele! Especialmente se ele tem a pele rosa e os pelos brancos.

Gatos e cães brancos que se expõem ao sol forte devem usar protetor solar!

É serio! Especialmente nas orelhas dos gatos e focinhos dos cães (o bullterrier costuma se queimar). Eles podem desenvolver queimaduras sérias e câncer de pele.

É fundamental levar o animal para atendimento veterinário e definir a causa da lesão encontrada.

Se o crescimento for muito rápido ou se a lesão estiver dolorida, úmida e/ou com feridinhas, o animal deve ser examinado o quanto antes.

Quanto mais informações sobre as lesões, melhor!

  • há quanto tempo ela surgiu
  • houve crescimento? Rápido ou lento?
  • houve modificação na estrutura da lesão? Ela era solta? Fixa?
  • houve algum trauma ou injeção na região afetada?
  • foram percebidas outras lesões semelhantes?
  • houve modificações no estado geral do animal? Apetite? Disposição? Coceira/dor no local?

Há vários métodos diagnósticos disponíveis para avaliar um lesão de pele, como citologia, biopsia, cultura, entre outros.

A equipe veterinária responsável vai indicar o método mais adequado para cada caso.

Em alguns casos, pode ser recomendada cirurgia para remoção do tumor.

Quando o tumor é maligno pode ser indicado tratamento com quimioterapia.

Para saber mais sobre câncer em cães e gatos, clique aqui.

Quando o tumor é benigno, como um lipoma por exemplo, só indicamos a retirada se ele estiver incomodando – pode estar muito grande ou numa região que atrapalhe a vida normal do animal, como no pescoço ou embaixo da pata dianteira, por exemplo.

Nunca ignore alterações na pele do seu cão ou gato.

Pode ser uma bobagem ou uma doença mais séria.

Só o/a veterinário/a pode diagnosticar a causa e recomendar o tratamento mais adequado.

 

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Você sabia que os cães podem desenvolver uma doença venérea?

Não pense em sífilis, gonorreia ou AIDS…felizmente os cães e gatos não contraem estas doenças venéreas humanas.

O TVT ou Tumor de Sticker é uma doença contagiosa que se apresenta como um tumor de aspecto parecido com uma couve-flor, em cães. tvt

Como a transmissão ocorre através de contato direto (sexual ou focinho em contato com a genitália), a neoplasia geralmente se localiza na vulva, pênis ou focinho.

Os primeiros sinais percebidos costumam ser sangramento no pênis ou na vulva, hematúria (urina com sangue), lambedura excessiva da genitália ou a presença de uma massa de tecido avermelhado (hemorrágico) na genitália e/ou no focinho do animal.

As fêmeas e os animais jovens, não castrados, costumam ser os mais acometidos.

Para se fechar o diagnóstico, é preciso examinar o animal e realizar um exame para confirmação.

Muitas vezes é possível confirmar através de um exame citológico (aspirado com agulha fina no tumor), mas se for necessário, é possível realizar uma biopsia (exame de um fragmento do tumor) para ter certeza.

O tratamento do TVT costuma ser realizado somente com medicação quimioterápica e os resultados são geralmente satisfatórios.

Em alguns casos se recomenda cirurgia e radioterapia, mas normalmente o tratamento com medicação injetável é suficiente.

É importante lembrar que os cães que apresentam lesões, tumores ou até mesmo verrugas e cistos tendem a lamber, morder e “cutucar” a região afetada sem ter a noção do risco de hemorragia e agravamento do quadro.

Por este motivo, recomendo que os animais usem o “colar Elizabetano” enquanto estiverem em tratamento, para evitar maiores riscos. Para saber mais, clique aqui.

Como este tumor venéreo só acomete animais não castrados, este é mais um motivo para recomendarmos a castração para todos os animais !

Saiba mais sobre castração, clicando aqui.

 

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Infelizmente, a resposta é sim.

Há alguns anos atrás, quando fazíamos um diagnóstico de câncer em um cão ou gato, pouco tínhamos a fazer. Graças aos avanços nas pesquisas, este quadro mudou. Atualmente existem várias formas de diagnosticar e tratar diferentes tipos de câncer.

O câncer é um crescimento desordenado das células. Ele pode ser localizado, invadir tecidos adjacentes ou se espalhar por vários tecidos do corpo do animal. Devemos lembrar que a nomenclatura câncer se aplica somente aos tipos malignos. Chamamos de neoplasia benigna ou tumor benigno quando não há risco de metástase e quando não há invasão de estruturas vizinhas.

Os cães desenvolvem câncer com uma frequência parecida com os humanos.  Quanto mais idade, maior a incidência. Nos gatos, é mais raro.

Segundo as estatísticas, após os 10 anos de idade, 50% dos animais morre de câncer.

Infelizmente, a maioria das causas são desconhecidas e a prevenção também. Um dos tipos mais comuns de câncer, o de mama (aproximadamente 50% de todos os tipos), pode ser prevenido com a castração precoce das fêmeas.

Existem diferentes tipos de câncer, em vários locais do corpo como na pele, sistema urinário, ossos, cérebro, trato gastro-intestinal, trato respiratório e no sangue.

Os diferentes tipos de tumor (neoplasia) podem ser diferenciados através de exames citológicos (aspiração com agulha, por ex.) e/ou biópsia (retirada cirúrgica de um fragmento ou do tumor inteiro).

Cada tipo de tumor, de localização e de estágio da doença, tem um tratamento e um prognóstico diferente.

Podemos identificar os primeiros sinais de doença nos nossos animais e diagnosticar o quanto antes, aumentando as chances de sucesso do tratamento.

Fique atento para os seguintes sinais:

  • qualquer ferimento que demore a cicatrizar
  • qualquer nódulo na pele que esteja aumentando de tamanho ou mudando de textura
  • modificação nos hábitos intestinais e urinários – fezes e urina diferentes do normal
  • dor ou dificuldade para urinar e defecar
  • sangramento ou qualquer tipo de secreção diferente do normal
  • diminuição do apetite e emagrecimento
  • odor desagradável (boca, ferida, ouvidos etc)
  • dificuldade respiratória
  • claudicação (mancar) persistente
  • dificuldade para engolir, deglutir

Se notar alguma modificação na saúde de seu animal, leve-o para consulta veterinária. Existem tipos de câncer que são mais difíceis de perceber, como por exemplo os abdominais e cerebrais. Se não houver nenhum sinal externo, somente um exame físico ou a ultrassonografia podem diagnosticar.

Quando detectamos algum sinal e confirmamos o diagnóstico precocemente, podemos tratar e até curar o animal. Há diversas terapias como: cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou até mesmo uma combinação delas.

Converse com seu veterinário sobre a expectativa de vida, qualidade de vida e efeitos do tratamento.

Sempre é possível melhorar o estado geral do animal através do controle da dor, da inflamação, oferecer a melhor nutrição e conforto.

Juntos, vocês podem chegar a melhor decisão e oferecer o melhor para seu animal de estimação.

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