
Cachorro Ocupado é Cachorro Feliz!
Todos os cães precisam de atividade.
Alguns têm uma capacidade de trabalho enorme.
Me refiro tanto ao trabalho físico quanto ao mental.
Nossos companheiros raramente têm tarefas, atividades a cumprir. Seria ótimo se eles nos ajudassem a varrer a casa ou até mesmo recolher as fezes da calçada. Mas é difícil treiná-los para estas tarefas e eles acabam recebendo tudo “de graça”: comida, carinho, atenção e abrigo.
Antigamente, quando os cães viviam em matilhas selvagens, eles precisavam caçar, se defender e se abrigar para sobreviver. Trabalhavam duro.
Atualmente, os cães sofrem de tédio. E quando entediados, podem se tornar destrutivos. Às vezes, chegamos em casa e encontramos um sapato roído ou papel picado. É a maneira deles “improvisarem” uma brincadeira, uma atividade.
Existem brinquedos interativos que estimulam e desafiam os cães. Podem ser bolas extremamente duras com cavidades para rechearmos de petiscos ou até mesmo “quebra-cabeças” para cães. O cachorro fica ocupado e entretido um tempão até conseguir tirar e comer o último pedacinho.
Também é interessante fazer um rodízio. Evite deixar uma caixa com todos os brinquedos disponíveis no chão. Guarde alguns e troque de vez em quando.
Outra maneira de dar atividade para os cães é ensiná-los comandos básicos (como: senta, dá a pata, deita, fica) e só oferecer alimento, carinho e atenção se eles obedecerem.
Pode parecer estranho e desnecessário, mas melhora muito a vida deles. Nada como manter a mente e o corpo ocupados.
O mercado brasileiro oferece algumas opções de quebra-cabeças e brinquedos interativos nas pet shops e em sites de venda na internet.
Eu recomendo o BitCao, clique aqui.
Brinque com seu cão, promova desafios, diversifique a rotina dele!
Leia mais →
Colar Elizabetano ou simplesmente “abajur”!
Você já deve ter visto algum cachorro passeando na rua com um colar, parecido com um abajur no pescoço.
O nome é colar Elizabetano em homenagem à rainha Elizabeth que usava golas enormes ou como diz a lenda, precisou usar um apetrecho semelhante para evitar que roesse as unhas dos pés(!!!).
Este colar é fundamental para evitar que os cães e gatos se mordam, se cocem ou se lambam exageradamente.
Em algumas situações é impossível que uma lesão cicatrize se o animal continuar mordendo ou lambendo o tempo todo.
Nos casos de tratamentos oftálmicos (nos olhos) também é muito importante, os animais tendem a passar as patas e esfregar os olhos quando sentem dor ou coceira.
Também recomendamos seu uso em alguns pós-operatórios para que eles não arranquem os pontos com os dentes.
Os animais usam a boca para conferir qualquer novidade ou sensação diferente no seu corpo.
Se um papel gruda no pelo, por ex., eles rapidamente retiram com a boca.
Quando eles sentem algum prurido (coceira) ou dor, a reação é a mesma.
E não há limites! Eles são capazes de se coçarem até surgir uma ferida!
Já vi um caso tão grave, em que o animal se mordeu tanto, que precisamos amputar a ponta da sua cauda (um caso de automutilação).
Nestes casos, é preciso investigar se o animal está sofrendo de um comportamento compulsivo -saiba mais, clicando aqui.
Para evitar estas situações, recomendamos o uso do colar Elizabetano.
Existem colares de diferentes modelos: de plástico duro, opaco, transparente, de nylon acolchoado, de acetato e até os feitos em casa.
Não sei dizer qual é o melhor, depende muito de cada animal.
Mas se o seu animal for muito pequeno (ou um gato) certifique-se que o colar não é muito pesado.
É fundamental que o tamanho do colar ultrapasse a ponta do focinho, senão não adianta, ele pode alcançar a lesão com a boca.
Por este motivo, sugiro que o animal vá a petshop e experimente diferentes modelos e tamanhos para escolher o mais adequado.
A adaptação nem sempre é fácil, mas eu costumo recomendar que se coloque o colar e só retire quando não for mais necessário.
Eu também morro de pena, mas a maioria dos animais acaba se acostumando com o uso contínuo.
Os primeiros momentos podem ser difíceis, eles batem nas paredes, nas portas e nas nossas pernas (use calças!).
Eles costumam se atrapalhar para comer e para deitar, mas podemos ajudar subindo o pote de comida (apoiando em cima de um suporte) e oferecendo um “travesseiro”.
Eu percebo que quando retiramos o colar, o animal fica super feliz, mas ao recolocar ele sofre para se adaptar de novo.
Se deixarmos direto, eles se adaptam mais rápido.
Se numa emergência você precisar de um colar e não tiver como comprar, experimente fazê-lo em casa.
Para os cães, podemos usar baldes (eu gosto também dos “cestinhos”, por serem bem leves e permitirem a visão lateral), mas é importante medir o comprimento do focinho.
Basta cortar o fundo e adaptar alças para passar a coleira no pescoço.
Para os gatos ou cachorros muito pequenos, podemos usar radiografias antigas, um plástico grosso ou até mesmo uma cartolina firme.
Cortamos um arco e em seguida unimos as pontas com uma fita colante, isso pode ser feito diretamente no pescoço do animal, para não precisar da coleira.
Pode ser necessário cortar, “derreter” ou proteger pontas que possam machucar a pele do seu animal.
Em algumas situações é possível proteger a lesão com um curativo ao invés de usar o colar, como vestir uma meia numa pata machucada, por ex.
Mas alguns animais comem a meia e alcançam a ferida em 2 minutos!
Outra alternativa é utilizar uma roupa cirúrgica para proteger a cicatriz de uma cirurgia abdominal (para saber mais, clique aqui).
Os cães costumam aceitar bem a roupa, mas os gatos tendem a virar estátua!
Avalie a melhor opção e converse com o/a veterinário/a do seu animal.
Leia mais →

Macho ou Fêmea?
Depois de refletir bastante e concluir que você está preparado e disposto a ter um cão, está na hora de decidir a raça (ou vira-lata), o tamanho e o sexo.
Quanto à raça, pense nas características de cada uma, na pelagem, no tamanho estimado – EU ADORO VIRA-LATAS!
Saiba mais sobre raças, CLICANDO AQUI .
Mas ainda resta uma outra questão: o sexo.
Quais as diferenças?
Macho é melhor que fêmea?
Ou fêmea é melhor que macho?
Vamos aos prós e contras:
FÊMEAS – PRÓS
- são capazes de reter urina por mais tempo
- esvaziam a bexiga de uma só vez, fazem um grande xixi (em geral)
FÊMEAS – CONTRAS
- é mais caro e complexo esterilizar uma fêmea que um macho
- se entram no cio, podem sujar a casa e atraem os macho na rua
MACHOS – PRÓS
- a esterilização é simples e mais barata
MACHOS – CONTRAS
- param para fazer muitos xixis na rua
- montam mais que as fêmeas
- podem apresentar uma secreção no prepúcio que incomoda os humanos, mas não é nada grave (balonopostite, para saber mais, clique aqui)
Todas as características comportamentais variam de indivíduo para indivíduo, independente do sexo.
Existem generalizações, como “as fêmeas tendem a ser mais passivas, mais fáceis de treinar, mais companheiras” ou “os machos são mais brigões e se forem dominantes, podem ser melhores vigias”.
Mas não vale a pena tomar nenhuma decisão baseada nestes “mitos”.
Acredito que todo cão, de qualquer tamanho, raça ou sexo, se criado com amor, receber educação e respeito se tornará uma grande companheiro e te dará amor incondicional em troca.
Leia mais →
Oto-hematoma, um “pastel” de sangue na orelha
O oto-hematoma é um acúmulo de sangue entre a cartilagem da orelha e a pele .
O aspecto da orelha fica inchado, muito semelhante a um pastel e percebemos que o espaço está cheio de líquido, que na verdade, é sangue.
Ele pode ocorrer em cães e gatos, mas os cães com as orelhas compridas desenvolvem com mais frequência.
Não sabemos exatamente porque ele se forma, mas qualquer motivo que faça o animal sacudir a cabeça (as orelhas) e/ou coçar muito, pode levar a formação do oto-hematoma.
Na maioria das vezes, a causa da coceira (ou dor) nas orelhas é uma infecção (otite) ou a presença da sarna de ouvido.
Alguns animais sentem dor quando encostamos na orelha afetada, outros não.
De qualquer maneira, eles sentem um incômodo porque a orelha fica pesada e a cabeça tende a ficar inclinada para o lado afetado.
É fundamental identificar a causa inicial, levando seu animal para ser examinado por um(a) veterinário(a).
Deve-se tratar a causa inicial, deixando o animal sem dor ou prurido (coceira).
Quanto ao tratamento do hematoma, há diferentes condutas.
Alguns veterinários realizam uma punção com agulha, mas na maioria dos casos, o hematoma recidiva (volta a aparecer).
Também é possível drenar o sangue e aplicar algumas drogas no local, mas o risco de recidiva também é grande.
Eu prefiro esperar que o sangue seja reabsorvido, mas este processo pode demorar bastante tempo (aproximadamente 1 mês) e na maioria das vezes, a orelha fica deformada, enrugada.
Existem diferentes técnicas cirúrgicas para drenar o hematoma e evitar que a orelha fique deformada.
Mas infelizmente o pós-operatório é trabalhoso, o animal precisa usar um curativo grande, incomodo, que parece uma touca.
A escolha do tratamento deve ser realizada em conjunto com o(a) veterinário(a), de acordo com as características da lesão e do seu animal.
Leia mais →
Criptorquidismo – “o testículo não desceu”?
Normalmente, os filhotes machos de cão e gato nascem com 2 testículos na bolsa escrotal.
Mas alguns animais podem apresentar somente um testículo na bolsa ou até mesmo nenhum.
Os testículos se desenvolvem no abdômen do filhote (durante a gestação da sua mãe) mas precisam “descer” até a bolsa escrotal para não sofrerem com a temperatura interna (e alta) do corpo.
Se isto não ocorrer até aproximadamente os 2 meses de vida do filhote, dificilmente ocorrerá…
O(s) testículo(s) que não encontramos na bolsa escrotal, pode(m) estar localizado(s) no abdômen ou no canal inguinal (na região da virilha) do filhote.
Este(s) testículos(s) podem ser funcionais ou não, isto é, o cão pode cruzar e gerar filhotes, mas existe o risco dele(s) causar(em) problemas no futuro (principalmente o desenvolvimento de tumores), se não for(em) removido(s) cirurgicamente.
O Criptorquidismo (também chamado de monorquidismo, se for um testículo só) é genético e por este motivo se recomenda a retirada dos 2 testículos deste animal, para evitar que ele se reproduza.
O diagnóstico costuma ser feito logo na primeira consulta, quando o/a veterinário/a examina o filhote e não consegue palpar os 2 testículos na bolsa escrotal.
Quando também não sentimos a presença de um ou 2 testículos na região da virilha do animal, precisamos realizar um exame de ultrassonografia para confirmar a presença do(s) testículo(s) no abdômen.
O tratamento recomendado é retirada cirúrgica dos 2 testículos, através da castração.
Para saber mais sobre castração, clique aqui.
A incidência de criptorquidismo é muito maior nos cães do que nos gatos.
Leia mais →
Meu Gato Não Quer Comer!
Se o seu gato não está comendo bem, parecendo enjoado e sem interesse pela ração, considere a possibilidade dele estar doente.
Leve-o para atendimento veterinário, assim que possível, para descobrir a causa desta inapetência.
Os gatos, diferentemente dos cães, não podem ficar em jejum por muito tempo (os cães ficam até dias sem comer! Para saber mais clique aqui).
Mas quando já sabemos a causa e o animal está em tratamento, podemos adotar algumas medidas para estimular o apetite dos gatos.
Em determinadas situações, devemos considerar que algum alimento (mesmo não sendo a opção ideal) é melhor do que nada.
- ofereça uma pequena quantidade de uma ração nova, diferente da que ele está habituado. Muitas vezes esta medida serve como estímulo e o animal come melhor.
- se o seu gato não está acostumado a comer ração úmida, ofereça. Ele pode adorar!
- opções de alimentos humanos saudáveis, como frango ou peixe cozido, atum em lata, papinha para nenéns, também podem ser uma alternativa temporária.
- tenha bom senso. Evite alimentos gordurosos, condimentados ou que contenham cebola (ela pode ser tóxica para gatos).
- certifique-se que o alimento oferecido está fresco. Gatos são extremamente exigentes, se a comida estiver levemente azeda, com formigas ou insetos, eles não aceitam.
- considere aquecer um pouco o alimento para que o cheiro estimule o interesse do gato, através do olfato.
Atualmente, existem diversas opções de rações (secas e úmidas) para diferentes doenças. O alimento exerce um papel importante, paralelamente ao tratamento medicamentoso.
Se este for o caso (doenças urinária, hepática, cardíaca, alergias/intolerância digestiva etc.), peça orientação para o(a) veterinário(a) que assiste seu gato.
Há também rações úmidas para animais se recuperando de doenças ou traumas/acidentes. Ela são extremamente palatáveis (saborosas), calóricas e costumam ser bem aceitas pelos gatos.
Leia mais →

Medicina Veterinária Holística e Terapias Complementares
A procura por terapias chamadas “alternativas” vem crescendo na veterinária, assim como na medicina humana.
Muitas pessoas se interessam e até preferem este tipo de tratamento para seus cães e gatos.
Especialmente quando o problema é comportamental.
No tratamento comportamental, precisamos lançar mão de várias técnicas: comunicação clara, adestramento, mudanças na rotina, melhorias na qualidade de vida do animal e eventualmente, medicação.
Infelizmente, não existe um único tratamento, precisamos aliar diferentes estratégias para alcançarmos a melhora desejada.
Não tenho duvidas que a acupuntura, a homeopatia, a terapia Floral, a fitoterapia e as massagens são benéficas.
Mas é muito importante tomar cuidado e não usar tratamentos “naturais” sem que a(o) veterinária(o) de seu animal saiba.
Não é por ser natural que significa que não oferece riscos para a saúde.
O arsênico é natural e pode matar!!!
A cultura brasileira e a sabedoria popular recomendam o uso de ervas para “todos os males e todos os fins”!
É importante lembrar que as ervas podem estar contaminadas por pesticidas, fertilizantes e bactérias. O que pode piorar o estado de saúde do seu animal.
A origem e as dosagens não costumam ser controladas e os efeitos indesejados podem ser piores que o efeito esperado.
Os efeitos colaterais mais comuns são digestivos podendo causar vômitos e diarreia.
A acupuntura ajuda a controlar a dor, entre outros benefícios, especialmente em processos crônicos.
Eu tenho uma experiência pessoal espetacular. Recomendo a acupuntura para muitos dos meus pacientes, com um resultado muito bom.
Os terapeutas florais e os homeopatas precisam ter formação e experiência para praticar.
Não é por oferecerem poucos efeitos colaterais que qualquer “curioso” pode medicar um animal doente.
Se você tiver interesse, converse com a(o) veterinária(o)o do seu(s) animal(is) e peça uma indicação de um profissional capacitado.
Leia mais →

Alergias em Cães e Gatos
As alergias são muito comuns nos cães e gatos.
Tenho a impressão, que atualmente elas são mais frequentes do que eram há 15 anos atrás.
Muitas reações alérgicas se manifestam através de infecções de ouvido, de pele e prurido (coceira).
Infelizmente as alergias não costumam ser totalmente curadas e sim, controladas. Precisamos lidar com elas durante toda a vida do nosso animal de estimação.
Em geral, o tratamento é frustrante. Isto ocorre porque não existe uma medicação eficaz ideal para tratar os cães e gatos alérgicos.
Os anti-histamínicos não costumam causar um bom resultado. Os corticóides funcionam muito bem, mas os efeitos colaterais são muitos e indesejados.
O tratamento através de vacinas é uma boa opção, mas requer dedicação e pode demorar 6 meses para percebermos uma melhora significativa.
Muitos animais alérgicos apresentam alergias a várias substancias.
Antigamente, a “culpa” era sempre dos produtos de limpeza.
Atualmente sabemos que o “campeão” das alergias é o ectoparasito, isto é, pulgas e carrapatos (saiba como controlar estas “pragas” clicando aqui).
Outra causa comum de alergia em cães é a dieta. A fonte proteica da ração e os grãos podem ser alergênicos para alguns animais.
Existem animais alérgicos a poeira, pólen, ácaros e plantas (grama, especialmente).
O diagnóstico de alergia pode ser trabalhoso e demorado, mas vale a pena definir a causa para traçar o melhor tratamento.
Saiba mais sobre outras doenças de pele, clicando aqui.
Se o seu animal se coça, não arrisque usar medicações caseiras e recomendadas por amigos, leve-o para atendimento veterinário.
Leia mais →
Gatos Podem ficar Sozinhos em Casa? Por Quanto Tempo?
Muito se fala sobre as diferenças entre amantes de cães e amantes de gatos.
Existem até as expressões em inglês, “cat lover” e “dog lover”.
Ainda existe quem acredite que gatos são egoístas e interesseiros, mas sabemos que isto não passa de preconceito e desconhecimento.
Uma das vantagens em ter gatos e não cães, é a possibilidade de dedicar menos tempo a eles.
Atualmente, especialmente nas cidades grandes, ninguém tem tempo sobrando.
Os gatos não precisam sair para passear 2 ou 3 vezes ao dia. Ninguém precisa voltar correndo para casa para que seu gato possa fazer xixi…já alguns cães, só urinam e defecam na rua.
Se você sair do trabalho, emendar num cinema e depois jantar fora, sabe que seu gato estará bem em casa.
Mas esta característica não significa que seu gato pode ser ABANDONADO em casa.
Quanto tempo é seguro deixar um gato sozinho em casa?
Eu acredito que os gatos não devem ficar mais de 24 horas sozinhos. Talvez 36 horas, no máximo.
Mas segurança é diferente de qualidade de vida!
Mesmo que ele tenha água e alimento disponível, ele pode adoecer, sofree algum acidente e ninguém ver além de se sentir muito sozinho.
Algumas doenças podem agravar muito em pouco tempo. Um exemplo é a obstrução urinária, extremamente comum em gatos machos.
Uma intoxicação também pode ser muito grave e até fatal.
Se você precisar se ausentar por 2 dias, peça para alguém (parente, amigo, vizinho, porteiro, ou considere contratar um catsitter) checar se seu gato está bem, diariamente.
O ideal é que esta pessoa também escove (use sempre uma escova macia!), brinque e faça carinho no seu gato.
Neste caso não estamos considerando só segurança e saúde e sim nos preocupando com qualidade de vida.
Na rotina diária, os gatos suportam bem a solidão, mas é fundamental que ao chegarmos em casa, nos dediquemos aos nossos gatos.
Eu recomendo fortemente que as famílias que optam por ter gatos tenham 2 gatos!
E de preferência, que eles sejam irmãos ou aparentados e/ou convivam desde filhotes.
É impressionante como melhora a qualidade de vida de um animal, ter um indivíduo da mesma espécie para interagir.
Mas a decisão de ter mais de um animal deve ser tomada com calma e planejamento.
Se você tem um gato só, mas pretende adquirir outro, tome alguns cuidados para introduzir um novo animal na sua casa.
Para saber mais sobre como fazer, clique aqui.
Como veterinária, já acompanhei historias terríveis, com finais tristes.
Uma vez, o pote de água virou em cima da vasilha de ração que foi deixada para o gato e ele ficou sem comer nem beber nada durante toda a ausência de sua família.
É claro que esta situação foi um acidente, mas acidentes acontecem…
É sempre melhor se programar e se prevenir do que se arrepender depois.
Clique aqui para assistir o episódio da webserie “Bichos!” sobre este assunto.
Leia mais →
Diabetes em Cães
A Diabetes mellitus é uma doença cronica na qual a deficiência do hormônio insulina prejudica a capacidade do organismo de metabolizar o açúcar.
É uma das doenças endócrinas (hormonais) mais comuns em cães.
Existem 2 tipos de diabetes em cães.
O tipo I ocorre quando não há produção de insulina. Ela costuma ocorrer por uma destruição das células produtoras de insulina no pâncreas. Neste caso, é necessário que o animal receba injeções de insulina para controlar a doença.
O tipo II ocorre quando a insulina é produzida, mas não consegue ser aproveitada pelo organismo.
99% dos cães apresenta a Diabetes tipo I.
A Diabetes mellitus é mais comum em cães femeas, entre 7 e 9 anos, mas também existe a diabetes juvenil que ocorre em cachorros com até menos de 1 ano.
Todas as raças podem apresentar a doença, mas ela é mais frequente nos cães das seguintes raças: samoieda, schnauzer, bichon frise, fox terrier e poodle.
A Diabetes mellitus promove uma incapacidade dos tecidos em utilizar a glicose. Os sintomas ocorrem como consequência de níveis elevados de açúcar no sangue, fornecimento insuficiente de açúcar para os tecidos e alterações no metabolismo.
Alguns fatores de risco podem aumentar o risco do animal desenvolver a Diabetes, como a obesidade (saiba mais aqui), pancreatites recorrentes, o hiperadrenocorticismo (doença de Cushing) e a administração de drogas como glicocorticoides e progesteronas, que antagonizam a insulina.
Os sintomas mais comuns, que devem chamar a atenção são:
- muita sede (polidipsia)
- aumento da frequência de urina (poliuria)
- emagrecimento, com apetite
- cegueira repentina
- letargia, prostração
O diagnóstico deve ser realizado o quanto antes e deve identificar quais as causas que podem ter levado ao surgimento da doença.
É fundamental realizar exames complementares (sangue, urina, ultrassonografia) para definir o tratamento adequado.
O tratamento exige injeções de insulina uma ou duas vezes ao dia, para controlar a glicemia (glicose no sangue).
A aplicação é sub-cutânea e a maioria dos animais e seus tutores se acostumam bem ao tratamento.
As medicações hipoglicemiantes por via oral são indicadas somente para animais com Diabetes tipo II, quando há produção de insulina.
Uma dieta rica em fibras, o controle de peso e a pratica de exercícios regulares são fundamentais para um bom controle da doença.
A castração é indicada nas fêmeas diabéticas para reduzir os efeitos dos hormônios na função da insulina.
É importante evitar e tratar infecções urinárias, se ocorrerem.
O inicio do tratamento pode ser trabalhoso, até que as doses de insulina estejam definidas.
O prognóstico depende da saúde geral do cão, de outras doenças presentes, da habilidade e disponibilidade do tutor em tratar seu animal.
Muitos cães vivem bem e com saúde, por muitos anos, após o diagnostico da Diabetes.